Anfitriões da festa
Com número recorde de 25 canais de TV na transmissão, mídia brasileira inicia maior cobertura poliesportiva da sua história
Com número recorde de 25 canais de TV na transmissão, mídia brasileira inicia maior cobertura poliesportiva da sua história
Victória Navarro
19 de julho de 2016 - 10h13
Reportagem publicada na edição Meio & Mensagem Marketing na Olimpíada em novembro de 2015.
Por Fernando Murad
Flavio Canto e Carol Barcellos comandam o programa especial Balada Olímpica, na Globo | Crédito: Globo/ Tatá Barreto
Participar da maior festa esportiva mundial e contá-la em todos os detalhes para seu público já é uma responsabilidade e tanto para um veículo da imprensa. Imagine então a pressão gerada para atender às expectativas quando o evento acontece em sua própria casa. É com esse enorme desafio à frente que a mídia brasileira tem se planejado desde a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 para entregar ao público brasileiro e aos visitantes internacionais a maior cobertura poliesportiva da sua história.
Após uma experiência de transmissão exclusiva na TV aberta em Londres 2012, quando apenas a Rede Record exibiu a competição, os telespectadores brasileiros terão três opções em 2016: Bandeirantes, Globo — que venceram a concorrência promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com uma proposta conjunta — e a própria Record. No caso da TV por assinatura o número de canais é ainda maior. Além de BandSports, ESPN e SporTV, que transmitiram os últimos jogos, a Fox Sports entrou no time de emissoras olímpicas. Somadas, as empresas disponibilizarão 22 canais com transmissões e noticiários ao vivo para os assinantes.
Principal emissora do País, a Globo se prepara desde 2009, quando o Rio de Janeiro foi anunciado como sede, para seu retorno às coberturas olímpicas. O evento mexerá com toda a sua programação, especialmente no horário nobre. Serão 160 horas no ar, sendo 110 horas de transmissões ao vivo com câmeras exclusivas nos principais esportes. O planejamento inclui reportagens, séries e quadros especiais que explicam modalidades, apresentam atletas e relembram histórias do esporte. A Globo projeta exibir duas mil reportagens e 30 séries especiais com temas olímpicos até o início dos Jogos, em 5 de agosto do ano que vem.
Durante os 17 dias de competição, o canal exibirá cerca de nove horas diárias de conteúdo olímpico, a maior parte em horário nobre, principalmente de modalidades como natação, atletismo, judô, vôlei, ginástica, basquete, vôlei de praia, handebol e futebol. As transmissões dos Jogos, a cobertura nos telejornais e os programas esportivos têm o patrocínio de Bradesco, Claro, Coca-Cola, Fiat, Nestlé e Procter & Gamble.
“Aprendemos muito com a cobertura da Copa do Mundo. Mas os Jogos Olímpicos são ainda mais desafiadores, do ponto de vista logístico e de conteúdo. A Copa durou um mês, se espalhou por 12 cidades-sede e teve uma final. Na Olímpiada, são 42 esportes, com 306 disputas que envolvem medalhas e competições simultâneas concentradas em 17 dias e em 33 locais de uma única cidade. Nossa intenção é levar o espírito olímpico para a casa de todos os brasileiros, não importa em que canto do País eles estejam”, informa o departamento de Comunicação da emissora.
Em agosto passado, a um ano do início dos Jogos, o canal estreou o programa especial Balada Olímpica. Apresentado por Carol Barcellos e Flavio Canto, é exibido mensalmente, todas as primeiras segundas-feiras do mês. Durante a Rio 2016, a atração será diária com um resumo dos principais momentos. Além disso, a Globo terá um estúdio especial, montado dentro do Parque Olímpico, de onde serão ancorados os telejornais e a transmissão de algumas competições.
A Band, por sua vez, pretende exibir mais de 300 horas de cobertura. A grade dará espaço integral ao evento. Além da transmissão das disputas ao vivo — com destaque para os atletas brasileiros e para as competições onde há chances reais de medalhas —, serão exibidos um jornal pela manhã, com a agenda do dia, e outro à noite, com os principais momentos. O time de comentaristas, que já conta com Neto, Denilson, a ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Virna, o campeão olímpico de vôlei Marcelo Negrão e o tenista Flavio Saretta, ainda será reforçado.
“Por ser no Brasil, a expectativa, tanto em termos de audiência quanto ao resultado comercial, é grande. É difícil fazer a comparação com outras Olimpíadas, mas, sem dúvida, o projeto olímpico será um dos pilares da Band no ano que vem”, afirma Marcelo Mainardi, vice-presidente de comercialização da Band, que negociou cotas de patrocínio da transmissão com Ricardo Eletro, Nova Schin, Bradesco, Sadia e Correios (ainda há duas disponíveis).
Em termos de equipe, além dos dois mil profissionais da Globo (incluindo Globo, SporTV e globoesporte.com), o time olímpico da emissora contará com dez ex-atletas que somam 15 medalhas olímpicas e vários títulos mundiais. São eles Gustavo Kuerten (Guga), Tande, Giba, Gustavo Borges, Hortência, Flavio Canto, Fabi, Shelda, Maurren Maggi e Daiane dos Santos. Procurada para detalhar seus planos, a Record informou que ainda não está falando sobre sua cobertura do evento.
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