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Opinião

A força da experiência

Por que abraçar o 60+ First pode mudar o seu negócio


12 de junho de 2024 - 6h00

Ao longo da minha carreira, tive o privilégio de acompanhar a publicidade se contorcer e se reinventar, em meio a tantos ciclos de transformação digital.

Vi tecnologias surgirem e se tornarem obsoletas em um piscar de olhos, moldando a forma como nos comunicamos.

Em tempos de Economia Prateada, essa necessidade de adaptação se torna ainda mais crucial. A ascensão da população 60+, com poder aquisitivo crescente e hábitos de consumo em evolução, exige uma reorientação das estratégias de comunicação e experiência de marca. As empresas precisam consolidar esforços que realmente dialoguem com esse público.

Infelizmente, a publicidade atual reflete uma desconexão gritante com os 60+. Segundo pesquisa do Instituto Qualibest, mais de 60% desse público não se sente conectado com as marcas. Abordagens desatualizadas, estereótipos negativos e representatividade inadequada são alguns exemplos de como as marcas falham em se conectar com um segmento tão importante da população.

Essa desconexão é consequência direta da falta de priorização e entendimento dos 60+ por parte das empresas.

Muitas ainda veem esse grupo como homogêneo, sem desejos, necessidades e expectativas próprias. Essa visão míope leva a uma série de erros, como mensagens, produtos e serviços que não atendem às necessidades reais deles. Ao falhar em entender as particularidades desse grupo, as marcas acabam criando soluções que não resolvem seus problemas e tampouco agregam valor à sua vida.

Para superar esses desafios e se conectar verdadeiramente com os 60+, precisamos abraçar o 60+ First. Isso significa não apenas pensar e desenvolver soluções, desde o início, com esse público em mente e ao seu lado, mas na experiência completa de marca.

Na prática, essa abordagem envolve priorizar a amigabilidade e a experiência do usuário. Os produtos e serviços precisam ser de fácil compreensão e utilização para os 60+. No campo da comunicação, não é uma questão de representatividade, mas de fazer para eles, com eles e por eles.

Com isso, as empresas só têm a ganhar. A integração, a empatia e a diversidade de gerações são caminhos para uma comunicação atual e enriquecedora. Uma comunicação que não separe os públicos, mas os conectem.

Criar uma experiência de marca que construa confiança de maneira autêntica, envolvente e direcionada pode transformar a era da Economia Prateada em uma oportunidade dourada para as empresas que se adaptarem.

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