Contexto é mais importante que conteúdo
Diante das infinitas possibilidades de canais, o profissional de mídia nunca teve uma responsabilidade tão grande para definir onde um conteúdo deve ser servido
Diante das infinitas possibilidades de canais, o profissional de mídia nunca teve uma responsabilidade tão grande para definir onde um conteúdo deve ser servido
Tenho ouvido bastante nos últimos meses a frase: “The content is king. No matter where”. Tendo a concordar apenas com o primeiro trecho dela: conteúdo será sempre a chave de tudo. Porém, não posso concordar com a segunda parte que, na minha opinião, é um grande equívoco. Tão crucial quanto o conteúdo é a sua plataforma de distribuição.
Diante das infinitas possibilidades de canais, o profissional de mídia nunca teve uma responsabilidade tão grande para definir onde um conteúdo deve ser servido. Não se trata somente de uma escolha de canais, mas principalmente de uma inteligência para definir sua clusterização, de uma estratégia para minimizar qualquer decisão falha.
Porque ninguém está livre desse risco. São inúmeras as formas de se relacionar com os vários tipos de audiência. Só no Brasil, são 580 canais de TVs, 6,7 mil emissoras de rádio, milhões de pontos de out-of-home (OOH) e, quando você abre a janela do digital, isso se multiplica infinitamente. São milhões de sites, canais, subcanais, todos com inteligência de segmentação, daytime, formatos, plataformas, data base etc. Adicione a isso 167 bilhões de buscas mensais. Ou seja, são janelas e mais janelas…
Portanto, mais que o conteúdo em si, o importante é para onde será direcionado. Sua história passará despercebida em um ambiente sem adequação e sem relevância. Contexto, sem dúvida, é mais importante que conteúdo. O primeiro pode tornar o segundo algo sem nenhuma significância. Precisamos entender nossa audiência tão melhor quanto a nossa capacidade de produzir conteúdo para ela.
Os conteúdos devem ser criados sempre à luz do interesse da audiência e nunca somente sob a ótica de uma marca. “Humm…essa história é bacana, mas minha audiência vai se interessar por isso? Essa entrega é de fato relevante para ela?”
Audience first. Audience first.
Não pensar primeiro na audiência vai tornar seu conteúdo irrelevante e com um alto custo de mídia. Fato.
Olhar para a audiência em primeiro lugar não é uma opção, é uma obrigação.
E, dada a imensidão de possibilidades, contextualizar esse conteúdo numa entrega de fato assertiva é um desafio diário para qualquer profissional da nossa área.
Portanto, CONTEXT is king. No matter the CONTENT.
Por que não?
*Crédito da imagem no topo: ViewApart/iStock
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