Opinião
Eu e a inteligência artificial
Em resposta ao medo, escolhi o “Fight” e a chave estava justamente na palavra “movimento”; e, se acrescentarmos a letra “e”, obtemos “emovere”, que significa “emoção”: Bingo!
Em resposta ao medo, escolhi o “Fight” e a chave estava justamente na palavra “movimento”; e, se acrescentarmos a letra “e”, obtemos “emovere”, que significa “emoção”: Bingo!
Não há como negar que a inteligência artificial generativa (GenAI) tem criado e continuará a criar discussões, angústias e apreensões, especialmente sobre a possível substituição do trabalho intelectual nas áreas de criação de conteúdo e execução. Comigo não foi diferente; entre as seis emoções básicas, o medo foi a que mais se destacou. Esse medo surge dos resultados impressionantes que a IA consegue alcançar em questão de segundos — seja na criação de ilustrações, fotos, conteúdos variados ou nas novas aplicações que surgem diariamente, todas notáveis pelo seu detalhamento, perfeição e precisão.
Dizem que o medo é paralisante, mas essa afirmação não leva em conta o princípio do “Fight or Flight”, que sugere movimento e nunca paralisia. Em resposta ao medo, escolhi o “Fight” e me aprofundei em como poderia me destacar frente a essa tecnologia revolucionária. E a chave estava justamente na palavra “movimento”.
“Movimento” vem do latim “movimentum”, derivado do verbo “movere”. Se acrescentarmos a letra “e”, obtemos “emovere”, que significa “emoção”. Bingo!
Emoção é uma reação intuitiva, momentânea e geralmente irracional, formada por experiências pessoais e subjetivas. Ela resulta de complexos processos neurobiológicos e psicológicos, que envolvem a interação de sinais elétricos e químicos que coordenam todas as funções corporais, como os cinco sentidos, para interpretar e reagir a estímulos variados. É um intricado sofisticado que nenhuma tecnologia pode verdadeiramente emular, apenas simular. Como Shannon Vallor menciona em seu livro The A.I. Mirror: How to Reclaim Our Humanity in an Age of Machine Thinking, a IA é nosso reflexo quando nos vemos no espelho — uma simples imagem. Eu acrescentaria que é uma foto e nunca o filme.
A IA opera com base em algoritmos que seguem instruções sequenciais para realizar tarefas de forma direta, eficiente e racional. Sem consciência, sentimentos ou emoções. E, além disso, ela só olha para trás. Isto é, funciona com dados concretos e pré-existentes, sem nenhuma intuição. Em contraste, nós, seres humanos, somos a personificação da complexidade. Com cerca de 2% do peso total do corpo, a nossa massa encefálica cinzenta consome 20% do oxigênio disponível, e seus vasos sanguíneos, se enfileirados, teriam 400 quilômetros de extensão, consumindo 750 mililitros de sangue por minuto e contendo 86 bilhões de neurônios e cem trilhões de conexões. Essa maravilha da natureza nos brinda com a beleza da imperfeição e da imprevisibilidade. Somada à nossa constante carência afetiva e a ansiedade por amor, reconhecimento e pertencimento.
Nós somos pura emoção. É a emoção de comer um pastel na feira, o prazer do primeiro gole de uma cerveja gelada, a conexão com nossos entes queridos, as lágrimas, as risadas, os medos, as surpresas — todo esse emaranhado de emoções que nos impulsiona a superar desafios e concretizar nossos propósitos.
Pode parecer óbvio para alguns, mas, para mim, todo esse processo de superar o medo foi catártico e terapêutico.
Jamais subestimarei a relevância da IA; porém, ela deve ser vista como uma ampliação da nossa inteligência, e não como uma substituta. A palavra “motor” também deriva do verbo latino “movere”; assim, podemos acolher a IA como um motor turbinado que nos impulsionará a atingir nossas experiências emocionais — com seus altos e baixos — que são essenciais para vivenciar a emocionante jornada do aprendizado.
P.S.: Este texto foi revisado e aperfeiçoado pelo ChatGPT.
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