Opinião

O SEO não está morto; a visão antiga sobre ele sim

A visão antiga sobre o SEO, centrada apenas em palavras-chave e posições no Google, está ficando para trás

Marcia Aguirre

CSO na MRM Brasil 6 de agosto de 2025 - 14h00

Com o avanço da inteligência artificial e novas formas de busca, como o SGE (Search Generative Experience), o comportamento dos usuários está mudando, e o SEO está acompanhando esse movimento. Hoje, ele evolui para algo mais estratégico e multidisciplinar. E quem entende isso já está um passo à frente.

O ponto de partida é claro: 92% das pessoas iniciam suas jornadas no digital antes de realizar alguma compra. O que mudou é onde e como elas buscam. Hoje, 54% dos consumidores demonstram mais interesse por pesquisas em marketplaces, ambientes que também demandam uma boa estrutura de SEO. Ao mesmo tempo, a navegação digital se torna mais complexa, com novas interfaces, como buscas por voz e interações com IA generativa, que exigem respostas mais relevantes, fluidas e em múltiplos formatos.

Por isso que o verdadeiro valor do SEO aparece quando atua como uma engrenagem que conecta dados, UX, conteúdo, mídia e branding, e quando é pensado como parte do negócio. Quando bem executado, o SEO impulsiona vendas, alimenta estratégias de CRM, fortalece marcas, reduz custos de aquisição e aumenta a credibilidade da presença digital.

Mais do que ranqueamento, o SEO se torna base para decisões, insights e inovação. Sua aplicação hoje envolve hubs de conteúdo otimizados, integração de dados comportamentais, storytelling e personalização. O resultado são experiências mais relevantes, aumento de tráfego qualificado e impacto direto nas conversões.

Além disso, a inteligência artificial já está profundamente integrada a esse processo, seja para acelerar a produção de conteúdo com IA generativa, seja para analisar jornadas e prever intenções de busca com machine learning. O futuro aponta para uma convivência ainda mais estreita entre IA e SEO, com ganhos em escala, precisão e personalização.

Nesse contexto, novas habilidades entram em cena: engenharia de prompts, marcação semântica e foco em autoridade contextual. O conteúdo precisa ser pensado não apenas para páginas, mas para respostas.

Ainda vivemos uma fase de transição. Enquanto algumas empresas seguem tratando o SEO como algo técnico, outras já o inserem em áreas de growth e inovação. O desafio está, principalmente, na formação de times multidisciplinares e na compreensão de que SEO é peça-chave da transformação digital, especialmente em um cenário onde apenas cerca de 25% das PMEs otimizam seus sites para buscas locais de forma eficaz.

O SEO está longe de morrer. Pelo contrário: ele está apenas começando uma nova fase, mais estratégica, mais integrada e com ainda mais potencial de impacto.