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Opinião

Precisando gerar crescimento e reputação?

Narrativas sempre foram importantes, mas serão ainda mais relevantes na construção dos valores das organizações, marcas, produtos e serviços


9 de setembro de 2019 - 15h51

(Crédito: Ra2studio/istock)

Com esse título, tenho certeza que você parou para ler, afinal, vivemos tempos econômicos desafiadores. Um pouco melhores, é verdade, mas ainda distante de onde gostaríamos ou precisaríamos estar. E, se não bastasse isso, nossa indústria segue em processo de evolução, buscando um novo equilíbrio entre oferta e demanda.

Modelos de negócios que funcionaram por décadas, como um relógio suíço, já não entregam os mesmos resultados. Mas minha intenção aqui não é a de avaliar o passado, e sim lançar uma provocação que poucos, na minha opinião, consideram como fonte de novos negócios, crescimento e reputação.

Anunciantes, independentemente do segmento (B2C ou B2B) ou ramo de atividade, têm um desafio crescente de conectar seus produtos e serviços com pessoas cada vez menos propensas a serem interrompidas por publicidade. Veículos não têm mais alcançado os mesmos resultados comerciais de antes e passam por um momento de evolução de formatos e modelos comerciais. Agências, para completar o ciclo, também tem seus custos e modelos de negócios questionados, espremidos por departamentos de compras, cada vez mais exigentes e c-levels cada vez mais distantes.

Como anunciante, veículo e presidente do comitê de mídia da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), participei dessa dinâmica por muitos anos e acredito que é oportuno pautarmos nossas conversas, discussões e eventos em novos modelos de crescimento. Segundo estudo recente da Forrester, 32% da população mundial já são compostos por pessoas menos consumistas, que preferem acessar versus possuir e a origem de tudo o que usam ou consomem faz diferença na hora da compra.

Se conseguir a atenção das pessoas já era um desafio, imagina sua confiança.

Acredito que um caminho possível de crescimento para nossa indústria, ainda pouco explorado como modelo de negócio, mas que encaixa como uma luva para esse novo consumidor e contexto sociocultural é o storytelling.

Narrativas sempre foram importantes, mas serão ainda mais relevantes na construção dos valores das organizações, marcas, produtos e serviços. Seguir num modelo de pura eficiência de mídia, multiplicando impactos ou aquisição de dados a R$ 0,10 ou R$ 0,20 por contato, pode até gerar clicks, views ou visitas, mas será que conseguem entregar conversão em vendas ou valor concreto às marcas?

Desde que o mundo é mundo, sentávamos à volta da fogueira para conversar. Fogueira essa que, com o tempo, ganhou outros nomes — churrasco com amigos, happy hours, encontros, festas ou celebrações, por exemplo. Ocasiões nas quais estamos envolvidos por narrativas que nos emocionam, entretêm, educam, criam universos. Elas nos tocam em outra profundidade.

Muitos veículos têm a capacidade de ser contadores de histórias, construindo narrativas que vão além do filme de marca ou branded content. Agências têm um poder único criativo e de conexão entre desafios das marcas e veículos. Anunciantes têm o desafio de exercitar o desapego em não ter sua marca pulando no primeiro quadro da execução.

O personagem Tyrion Lannister, de Game of Thrones, tem uma fala genial na última temporada da série: “O que une as pessoas? Exércitos? Ouro? Poder? Nada disso! Histórias! Não há nada mais poderoso que uma boa história. Nada pode parar isso. Nenhum inimigo pode derrotá-la.”

A discussão é produtiva e, como qualquer novo modelo de negócios, existe uma necessidade de repactuar as formas de operação e remuneração.

**Crédito da imagem no topo: Sumit Mathur/Pexels

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