E-commerce: crescimento se deu mais em áreas relacionadas ao presencial

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E-commerce: crescimento se deu mais em áreas relacionadas ao presencial

Segmentos que aumentaram as vendas no comércio eletrônico foram relacionados ao presencial como supermercados, autopeças e pneus e moda

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25 de março de 2024 - 11h08

Depois da pandemia, o e-commerce no Brasil cresceu mais de 40%, enquanto no México, foi de superior à 80% (Crédito: Adobe Stock/Reprodução)

Depois da pandemia, o e-commerce no Brasil cresceu mais de 40%; no México, a expansão foi superior a 80% (Crédito: Adobe Stock/Reprodução)

O e-commerce foi impactado nos anos recentes por diversos fatores, da inovação tecnológica dos sistemas à popularização do meio de vendas. Para medir o termômetro dessas mudanças, a Signifyd e a Adobe entrevistaram mais de 700 lideranças no México e no Brasil para entender os impactos dessas transformações. Outro ponto apurado entre os varejistas digitais em ambos os países foi a concorrência com grande players, como Amazon, eBay e outros.

Para o vice-presidente para América Latina da Signifyd, Christian León, o e-commerce local pode explorar novas tecnologias que pode colocá-lo no páreo nessa corrida pelos cliques. Outro aspecto que o especialista avalia como possível diferencial é a oferta de produtos únicos ou personalizados sobre os quais as grandes empresas não trabalhem da mesma forma. “Existem várias plataformas para os vários momentos de crescimento da empresa. Se, antigamente, tínhamos apenas uma e era aquela, agora, posso colocar meus cem produtos, vamos dizer assim, em qualquer espaço que contemple meu negócio”, opina.

E-commece no Brasil e no México

Enquanto no Brasil as duas maiores prioridades dos comerciantes são a manutenção das margens de lucro e a sustentabilidade do negócio, no México as preocupações estão relacionadas à automação dos processos, além dos itens já citados. Para León, dentre os fatores que distingue o Brasil dos países vizinhos está a democratização dos métodos de pagamento resultantes da implementação do Pix. “Um segundo elemento é que o Brasil tem grandes empresas locais”, diz. Além disso, o e-commerce brasileiro está preocupado em garantir a segurança dos usuários, que consta como a segunda prioridade dos entrevistados. A primeira é a conversão de novos clientes.

No ano passado, os segmentos que aumentaram as vendas no comércio eletrônico foram aqueles que, a priori, estão relacionados ao comércio presencial. Por exemplo, o setor de supermercados cresceu 35%, autopeças e pneus, 30%, e moda, 26%. “Acho que muitos investimentos ainda serão norteados pela ideia de melhorar a experiência do usuário, especialmente quando vemos o custo para adquirir um novo cliente aumentando”, diz.

Quais os desafios para o e-commerce em 2024?

Dentre os motivos mais comuns de pedidos recusados, estão autorizações negadas pelos bancos ou entidades financeiras, como forma de pagamento não autorizada. Além disso, a falha de identificação, saldo insuficientes ou a discrepância entre endereços de entrega e cobrança também constam na lista. Para contornar essa questões, o comércio digital está integrando diferentes métodos de pagamento, acelerando os processos de compra e diminuindo as etapas de conclusão de compra.

A perspectiva de aplicação de tecnologias ainda é um horizonte de interesse próximo aos varejistas. Segundo a pesquisa, mais de 50% do e-commerce nacional está investindo em tecnologias que melhorem a experiência do cliente, inteligência artificial (IA) e gestão de dados. Vale destacar que, no México, preocupações como autenticação e análise preditiva ocupam posições de interesse maior do que no Brasil.

Outros dados interessantes revelam mais sobre o cenário do varejo digital na América Latina. São cerca de 3,5% de pedidos fraudulentos na região e 28% dos comerciantes recusam entre 6% a 10% dos pedidos que recebem. Porém, são $0% dos e-commerces que recusam mais de 10% e, em alguns casos, chegam a recusar mais de 50% desses pedidos. O Brasil está na média dessa relação, variando entre 6% a 20% de recusa.

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