As mulheres empreendedoras de Pecém e o futuro do trabalho

(Crédito: Shutterstock)

No Ceará, entre redes de pesca e rotinas silenciosas, encontrei algo revolucionário: mulheres que carregam o futuro nos olhos. Um grupo de empreendedoras de mulheres do Pecém. Durante anos, suas mãos tecem redes, cuidam da terra, prepararam o alimento, sustentaram a casa. Invisíveis aos dados, distantes dos algoritmos, mas jamais distantes da sabedoria. 

Elas não nasceram com acesso à tecnologia, O que faltava era apenas o encontro. E ele chegou: pela porta do letramento digital com IA. 

É emocionante ver o que acontece quando o digital encontra a coragem. Quando a inteligência artificial é colocada a serviço de quem sempre foi chamada de analógica. As mulheres do Pecém não têm tempo para esperar que o futuro chegue, elas aprendem, dominam, criam e transformam. 

Do primeiro clique ao primeiro comando em IA, cada passo é também um grito: “Estamos aqui. E não seremos deixadas para trás”. 

Com letramento digital em mãos e apoio de tecnologias como inteligência artificial generativa, essas mulheres descobriram que podem mais. Muito mais. 

Podem automatizar processos, empreender, proteger suas famílias, ensinar seus filhos e transformar a economia local. 

Podem criar agentes inteligentes que falam a sua língua. Podem treinar a máquina com suas histórias. Podem, finalmente, ocupar um espaço na nuvem, mas com os pés fincados no chão de barro, no chão de luta, no chão de esperança. 

Se antes estavam ausentes dos dados, agora são elas que os comandam. E, mais do que isso, estão redesenhando o que chamamos de inteligência, tornando-a mais humana, mais empática, mais real. 

Porque o futuro da IA só será justo se carregar também a voz das mulheres do Pecém. 

E, se perguntarem de onde vem tanto bem, responda com orgulho: vem delas. 

Onde há conexão, há potência. E onde há uma mulher aprendendo tecnologia, há uma sociedade inteira sendo transformada.