Assunto aqui é música e os caminhos que a AI vai levá-la
Nesse texto não vou falar sobre carros voadores ou elétricos, viagens para marte, o editor da tal revista que vai entrevistar o CEO da start up que ta bombando, nada disso
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4 de março de 2024 - 12h00
Fazendo um breve relato da minha relação com o festival, a primeira vez que coloquei meus pés, ouvidos e coração no SXSW foi em 2010. Fui porque, era um festival de música, que é tudo o que me interessa nessa vida e fiquei completamente embasbacado com a dimensão, a informação, a qualidade, a organização, as operações insanas para colocar bandas revezando de 45 em 45 minutos, duas por andar nos bares de quatro andares e em mais de uma centena lugares como agências bancárias, igrejas, cemitério, hotéis, rooftops e mais o que você imaginar. Agora é só fazer as contas e se perder no seu line-up.
É de ajoelhar e aplaudir.
Tive o privilégio e a honra de ver o primeiro álbum do The XX em um show na Igreja Presbiteriana de Austin… Peraí, faz uma pausa! The XX em uma igreja!?! Consegue imaginar a dimensão do som do primeiro álbum em uma igreja. Aqueles riffs de guitarra e a voz reverberando no infinito.
Nesse ano de 2010, tive o direcionamento do meu irmão querido Dudu Marote que explicava o festival, vi o Copacabana Club no auge representando as poucas bandas brasileiras, com Camila Cornelsen incrível no palco, liderando um som muito inovador e com personalidade.
Nessa época eu não via publicitários pelas ruas, não havia esse interesse. Na verdade, eu nem sabia que tinha inovação, mas aí tropecei em uma programação que me abduziu para o universo SXSW full. E a partir daí não parei mais de ir.
Nesses últimos 14 anos eu vi o festival ser invadido por brasileiros e isso é incrível, pois é bom demais saber que o nosso país é curioso, quer se atualizar e vai atrás de informação. E eu vi essa transformação.
Neste ano, em especial, eu como inquieto músico, compositor e dono de um estúdio, me recuso a não estar na dianteira das inovações, por isso meu objetivo é descobrir em que estágio está a produção de música com AI, vozes com AI, processadores e toda a sorte de transformação do mercado e as possibilidades para o próximo ano, quer dizer, no caso de AI é para os próximos três meses.
Vamos ver se serei surpreendido com alguma orquestra de ciborgues com um spala tocando a quinta de Beethoven ou alguma AI que faça uma música melhor
que a de Gilberto Gil, do zero.
Mas fiz a “tarefinha de casa” e coloco aqui, depois de dissecar a programação, alguns dos principais painéis que não vou perder, apesar de muito FOMO, pois minha lista é bem extensa.
11/03 – 11:30 Ballroom D: AI and Humanity’s Coevolution With Open AI’s Head of ChatGPT
11/03 – 16:00 Room 18AB: Demystifying Japan: The World’s Second Largest Music Market in the World
12/03 – 11:30 Room 8ABC: AI Copyright: 410 Billion Melodies Thwarting “Human Creativity”
12/03 – 14:30 Room 18AB: Latin Music Momentum in the Age of Glocalization
12/03 – 14:30 Room 9AB: Salvador Dali, AI, and The Future of Creativity
14/03 – 10:00 Room 18CD: Ignite Talks: Music & Tech
14/03 – 11:30 Room 18CD: Leaders Pushing AI in The Music Industry Forward
14/03 – 11:30 Room 8ABC: AI’s Human’s Rights Challenge
15/03 – 11:30 Ballroom D: Top Entertainment Trends for 2024: What the Data Says
E ai James? e na música mesmo, bem analógica e “tocada por humanos”, por onde você vai andar?
Black Keys, Bootsy Collins e Seasick Steve são os totalmente imperdíveis. Os showcases dos artistas no Convention Center são excelentes, vale muito a pena, Hotel Vegas tem sempre uma programação que da para ir sem programação, não da para perder qualquer show que você possa ver na Igreja Presbiteriana de Austin, bem como na British Embassy, que no ano passado levou um sistema de som B&W para bandas que eu nunca tinha visto nem ouvido na vida e um line-up incrível, a lista é extensa e da para ficar horas escrevendo. Se falar os nomes das bandas, ai a lista vai longe.
Meu playlist no Spotify “James Feeler’s SXSW 24’ “, é onde estou pré- selecionando as bandas que que pretendo ver.
Mas o melhor é a gente se encontrar em uma esquina, um bar ou se esbarrando nos corredores do Convention Center para ir junto para alguma nova banda que descobrimos na hora, trocar idéias sobre o dia com aquela Ipa na mão.
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