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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

Como pertencer à Web3?

Estamos entrando em uma nova era de tecnologia, impulsionada pelos avanços na Web3, no Metaverso e na IA


16 de março de 2023 - 9h19

Crédito: Shutterstock

No SXSW 2023, nem sempre as melhores palestras são, necessariamente, as que apresentam inovações até então desconhecidas. Às vezes, as que trazem maior satisfação são as que ratificam o que já se sabia ou frentes que já estavam em estudo — mostrando, assim, que o caminho dos próximos anos parece estar conectado. E, agora, trata-se de desenvolver, tornar prático e acessível para todos.

Estamos entrando em uma nova era de tecnologia, impulsionada pelos avanços na Web3, no Metaverso e na IA. Aliás, são três áreas cobertas pelo Gartner Top Tech to Experiment with in 2023. A Web3 está mudando o que significa existir online, por meio de avanços em identidade digital e propriedade de dados.

Sandy Carter, da Unstoppable Domains, detalha uma visão do mindset do Metaverso — um mundo digital onde podemos viver, trabalhar, interagir, jogar e ter uma presença social, de qualquer lugar e a qualquer hora. E, com ela, traz todas as provocações e os desafios naturais sobre acessibilidade em massa. Sandy entende que estamos no estágio inicial (MVP) do assunto.

O conceito e os cinco pontos do mindset que ela aborda envolvem:

1. Olhando sempre para a frente
Ontem teve uma novidade, hoje tem outra e amanhã, com certeza, terá um redesenho. O mundo digital está em seu estágio inicial quando se trata de Web3, Metaverso e IA. Por isso, é natural que as comunidades e empresas estejam a pleno vapor. O mercado naturalmente decidirá o que vingará. É importante estar antenado em todas frentes.

2. Experiências envolventes e imersivas
Sandy traz a expressão “playstorm”, que — diferente de brainstorm — foca na provocação de promover o teste. Incentiva o usuário a jogar, descobrir e criar experiências. E para os criadores e desenvolvedores, a meta é sempre criar ambientes que, de fato, sejam imersivos e que gerem o desejo de retorno.

3. As pessoas são o centro do Metaverso
Aqui não muda. Nunca foi sobre tecnologia — sempre será sobre seres humanos e sua capacidade de contar histórias e socializar. Focar nas experiências que as pessoas terão para se divertir, comprar, colecionar e interagir. E, também, sobre o desejo de promover o espaço. Primeiro, no centro, vêm as pessoas. Seguido pela identidade digital de quem é você no Metaverso. Na sequência, o avatar entra como materialização do seu “eu” e, por último, o anel de interação e colaboração dos criadores e consumidores.

4. Identidade digital
Você precisa ter sua identidade e, em cima dela, construir repertório. Importante, visualmente falando, manter um padrão de quem é você no Metaverso. Plataformas integradoras como Ready Player ME são boas soluções, mantendo o padrão do avatar independentemente do ambiente em que estamos. Além do olhar do avatar, tem o ponto sobre uso de carteiras digitais conectadas à blockchain e, com isso, gerando custódia de informação e armazenamento de ativos digitais (criptomoedas, NFTs). Você é o proprietário da informação e, com ela, vem o ônus também de segurança. Ainda sobre identidade, abre-se um leque gigantesco de possibilidades sobre arquivamento de informação histórica do “quem sou eu”: antecedentes médicos, evolução escolar, certificações, bens. Quando se transfere para blockchain, o dado se torna imutável, transparente e descentralizado.

5. Inteligência artificial como prioridade
O crescimento é inevitável de projetos, automação e integração, a partir de agora. Não existe limite para a aplicabilidade de inteligências artificiais. Seja para o suporte operacional, seja para inspiração de geração de conteúdo.

A criação orgânica de uma comunidade que representa o projeto é o grande coração da geração de pertencimento. São as pessoas que se identificam, que disseminam e que promovem a marca. Promovem porque acreditam, porque se identificam e porque percebem valor no movimento. Compensações e receitas de sucesso podem ser criadas para promover e engajar as pessoas, como NFTs que simbolizam tickets de acesso exclusivo.

Sim, é um boom de informações. Chega a ser difícil de acompanhar, entender e principalmente, relacionar tudo isso com nossos negócios. Mas, também, por outro lado, estamos diante de um processo divertido de crescimento. Há uma clara oportunidade de virar a chave na forma como nos relacionamos e ajudamos a transformar as percepções de marca de nossos clientes. Sejamos todos bem-vindos à Web3!

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