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SXSW

Em tempos de ChatGPT a arte de questionar fica ainda mais evidente

Eu sei que você não aguenta mais ler sobre inteligência artificial


14 de março de 2023 - 15h37

ChatGPT

(Crédito: NicoElNino/Shutterstock)

Protagonista do SXSW, neste ano, o tema tem trazido ao longo de diferentes painéis reflexões e incertezas sobre o futuro da comunicação e do mercado de trabalho com a chegada dessas novas tecnologias.

Muito tem se falado sobre as respostas rápidas e elaboradas – melhores do que nós mesmo faríamos – em uma questão de segundos, aumentando aquela sensação de que não sabemos o suficiente, que deveríamos nos atualizar, saber mais, gerando mais ansiedade sobre o futuro. Eu peguei me perguntando sobre uma parte importante desse processo – na minha opinião – as perguntas.

Trabalhando com publicidade e comunicação desde 1994, saber perguntar (e aonde quer chegar com ela) sempre foi uma premissa essencial para que projetos, campanhas e ações sejam feitas de maneira orquestrada e para que a clássica frase “Ah mas era óbvio” não apareça para assombrar e nos fazer questionar um processo de meses porque algo era óbvio demais para ser questionado.

Partindo dessa linha de pensamento que me prendeu depois de absorver tantos conteúdos relacionados ao tema, fiquei tentando digerir se de fato seria o fim de algumas posições ou áreas de trabalho. Cheguei a um resultado (ainda em avaliação) que aqueles que souberem fazer perguntas, questionar de maneira assertiva ferramentas de inteligência artificial generativas e fizerem dessa ferramenta um parceiro, uma dupla, ou o que defende Kevin Kelly fundador da Wired: o melhor estagiário da sua vida, talvez encontrem uma sinergia nesse trabalho em conjunto.

O criador do ChatGPT disse no SXSW sobre as respostas dadas pela ferramenta “Não é para ser a verdade. É para provocar as pessoas a chegarem nela”. O medo de perder o emprego para um robô nunca esteve tão presente e as perguntas sobre esse futuro circulam o tema como tubarões famintos. A resposta? Não tenho nenhuma. E vou seguir usando a do Mr. Kelly: “Nem os inventores do A.I sabem o que A.I pode fazer”.

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