Inteligência Viva, Humanidade e Longevidade: Discussões Que Marcaram o SXSW 2025
Em meio a tantas teorias e futuros possíveis, as questões e as necessidades humanas voltam ao centro da conversa.
Em meio a tantas teorias e futuros possíveis, as questões e as necessidades humanas voltam ao centro da conversa.
13 de março de 2025 - 18h14
Em tempos de disrupção e grandes mudanças, o SXSW 2025 traz debates em diversas áreas com profissionais renomados em inovação, tecnologia, saúde, arte, comportamento e tantos outros segmentos. A magia do festival ocorre não apenas nas palestras, como também nas conversas sobre conteúdos e pontos de vista diferentes, buscando desenhar cenários possíveis e o entendimento de quais os melhores caminhos para um futuro próspero.
Amy Webb, futurista renomada e presença marcante no SXSW, destacou o conceito de Inteligência Viva – Living Intelligence – como evolução da Inteligência Artificial. Inteligência Viva combina IA, sensores e biotecnologia em sistemas que pensam, se adaptam e evoluem além do nosso alcance. Trata-se de uma nova fronteira, a qual irá impactar diversas áreas como saúde, agricultura e robótica. Na saúde, por exemplo, podemos imaginar dispositivos médicos implantáveis que se ajustam automaticamente ao corpo do paciente para oferecer tratamentos mais eficazes e personalizados.
Entre tantas conversas futuristas, no palco da Disney, junto com os líderes da empresa, tivemos a surpresa de Tony Stark de Homem de Ferro ou melhor, do ator Robert Downey Jr.. Na apresentação da Walt Disney, os líderes Josh D’Amaro e Alan Bergman contaram como combinam criatividade e tecnologia para criar experiências imersivas e inovadoras. Aos fãs de Tony Stark, parece que sua tecnologia de super-herói não está tão longe assim da nossa realidade afinal – será?
Outro tema abordado em diversas salas foi a ‘Longevidade’, com destaque para a saúde social – qualidade e quantidade das relações – além da saúde física e mental. Estudos reforçam que a qualidade das relações é um dos principais pilares para a felicidade e realização do ser humano. Além disso, criar conexões verdadeiras e comunidades pode ser fundamental para o desenvolvimento de alguns modelos de negócios e marcas.
Com a velocidade no avanço de novas tecnologias, muitas questões éticas, regulamentações e possíveis cenários tornam-se um debate importante, afinal, este ainda é um universo muito novo. Mas, em meio a tantas teorias e futuros possíveis, as questões e as necessidades humanas voltam ao centro da conversa.
A psicoterapeuta Esther Perel trouxe uma luz para o nosso lado humano, afinal, como vamos lidar com tantos cenários e incertezas com um diálogo produtivo? Ela ressaltou a importância de manter a nossa capacidade de negociação e diálogo em um mundo onde o algoritmo e a tecnologia acabam gerando um hábito de interação de mão única com a nova geração. E como vamos tomar as melhores decisões para os negócios? Pensando nos stakeholders e clientes finais de forma mais ampla – capacidade crítica, repertório, empatia e conexões profundas serão fundamentais neste momento de evolução.
Atravessar este vale de mudanças será um momento de transformação para muitas indústrias. Entre lucratividade, fluxo de caixa e crescimento, temos o ser humano no centro. Então, seremos potencializados pela tecnologia, mas, ao mesmo tempo, teremos que reforçar a nossa capacidade de empatia e entendimento de contexto para as melhores decisões. Afinal, o futuro nada mais é do que fruto das decisões que tomamos hoje. Acredito que este seja um dos motivos pelos quais muitos brasileiros tenham vindo para Austin: gerar conhecimento para melhores decisões para seus negócios, suas marcas, mas principalmente para suas vidas e suas relações – já que destas dependerá sua felicidade e longevidade, segundo os últimos estudos.
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