Não tenho medo do caos, acredito nele

6 de março de 2024 - 13h39

O evento do SXSW conta com 450 palestras, divididas em 24 grandes temas, além de 240 shows e quase 150 filmes confirmados até agora. Um cenário de muita FOMO – do inglês “fear of missing out”; “o medo de perder algo” – mas também de um extremo caos criativo.

E caos não é contexto simples. Ele carrega uma forte ambiguidade: ansiedade vs supresa; medo vs descobertas; descontrole vs transformações. Ouvi uma definição que cataliza muito bem essa perspectiva: “O caos é como uma dança constante entre o imprevisível e o potencial de realização, na qual a desordem pode formar uma obra-prima, modelada por escolhas livres em uma narrativa imprevisível”.

Isso reforça o conceito multifacetado que pode sim representar desordem, num aspecto matemático ou político, mas também uma fonte poderosa de criatividade e inventividade. O SXSW te convida a se planejar, mas ao mesmo tempo se deixar levar. Estar preparado para o evento significa também aceitar seu caos, sua multiplicidade. Um local para encarar o inusitado, aproveitar os acertos, aceitar os micos e aprender em todos os contextos.

Ainda bem. Para mim, nada me assusta mais que o previsível. O caos é onde reina a criatividade e o poder de mudança. Pode se dizer que é como improvisar no Jazz, você precisa ter técnica, profundidade de repertório, mas estar preparado para fugir do padrão. Mas esse paralelo fica para o próximo post.