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Women to Watch

8 mulheres com deficiência para seguir e se inspirar

Conheça estas mulheres que atuam em prol da inclusão e promovem diálogos sobre capacitismo e acessibilidade nos diferentes espaços que ocupam


11 de outubro de 2022 - 18h54

Dia 11 de outubro foi declarado o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência pelo Ministério dos Direitos Humanos do Brasil. A data tem como objetivo promover a conscientização sobre as garantias de qualidade de vida e defesa dos direitos das pessoas com deficiência física.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, há 17,2 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que corresponde a 8,4% da população. Ainda de acordo com o IBGE, o perfil do grupo é mais feminino, com 10,5 milhões de mulheres, contra 6,7 milhões de homens. Apesar de haver a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência, que estabelece de 2% a 5% das vagas de uma empresa para este grupo, apenas 49,5% delas estão ocupadas, de acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil.

Existe um grande déficit de 50,5% de desocupação destas vagas destinadas a profissionais com deficiência nas empresas brasileiras, tanto no setor privado quanto no público. No Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, selecionamos oito mulheres que fazem a diferença em suas áreas de atuação.

Michele Simões, fundadora do Meu Corpo é Real

Michele Simões, fundadora do Meu Corpo é Real (Crédito: Divulgação)

Em 2006, Michele sofreu um acidente de carro que a deixou paraplégica, mas foi na moda que ela encontrou uma maneira de construir um futuro anticapacitista. Ela é fundadora do projeto Meu Corpo é Real, que se propõe a tornar a moda mais acessível para pessoas com deficiência por meio de ações e produtos. Simões é graduada em design de moda pela Universidade Estadual de Londrina e tem pós-graduação em comunicação e cultura de moda pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Em entrevista recente ao Women to Watch Brasil, ela falou sobre seu projeto e seus propósitos.

Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir

Carolina Ignarra, Fundadora e CEO da Talento Incluir (Crédito: Divulgação)

Fundadora e CEO do grupo Talento Incluir e especialista em Diversidade e Inclusão, Carolina Ignarra já ajudou mais de 7 mil pessoas com deficiência a encontrarem emprego através da consultoria, que tem como objetivo promover a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência. A empresa nasceu em 2008 e cresceu exponencialmente até Carolina, que é paraplégica, ser reconhecida como uma das 20 mulheres mais poderosas pela Forbes Brasil.

Andrea Schwarz, fundadora da iigual e CEO da EqualWeb no Brasil

Andrea Schwarz, fundadora da iigual e CEO da EqualWeb no Brasil (Crédito: Reprodução/Instagram)

Empreendedora social, mãe, influenciadora, CEO, palestrante, escritora e “uma mulher que parou de andar, mas aprendeu a voar”, como Andrea Schwarz se apresenta no LinkedIn. Aos 22 anos, ela foi diagnosticada com uma má formação congênita na medula espinhal e começou a usar cadeira de rodas. Vendo e vivendo a falta de inclusão de pessoas com deficiência nas empresas, na mídia, na política e nas redes sociais, usou sua experiência para fundar a iigual, uma consultoria de inclusão para profissionais com deficiência no mercado de trabalho, que já ajudou mais de vinte mil pessoas a encontrarem um emprego. Além da sua trajetória de vinte anos como consultora de inclusão, em 2020 ela virou conselheira da EqualWeb Brasil, empresa israelense líder em acessibilidade digital para sites e aplicativos. Em 2021, foi eleita uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina pela Bloomberg Linea. Para resumir, Andrea se descreve da seguinte maneira em suas palestras: “Eu não sou o que aconteceu comigo. Eu sou aquilo que decidi me tornar”.

Flávia Cintra, jornalista do Fantástico e fundadora do Instituto Paradigma

Flávia Cintra, jornalista do Fantástico (Crédito: Reprodução/Instagram)

Talvez você conheça a história de Flávia Cintra sem saber. Ela serviu de inspiração e foi consultora para a personagem Luciana da novela da TV Globo “Viver a Vida” (2009), de Manoel Carlos, interpretada pela atriz Aline Morais. As duas são cadeirantes que perderam os movimentos depois de um acidente de carro. Flávia é repórter do Fantástico, também da Globo, desde 2010, autora do livro “Maria de Rodas”, onde relata sua experiência como mãe cadeirante de gêmeos, e atua ainda como palestrante de diversidade e inclusão. Além de tudo, ela é fundadora do Instituto Paradigma, organização que atuou no comitê Ad Hoc criado pela ONU para elaboração do conteúdo da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.

Luciana Viegas, criadora do Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam e gerente de projetos sociais do Não Inviabilize

Luciana Viegas, criadora de conteúdo digital e fundadora do Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam (Crédito: Reprodução/YouTube)

A influenciadora também atende como “uma mãe preta autista falando” no seu Instagram, onde ela compartilha suas vivências com a maternidade, o autismo, capacitismo, racismo e todas as suas empreitadas no mundo digital. Além de criadora de conteúdo, ela é ativista e fundadora do movimento “Vidas Negras com Deficiência Importam!”, que luta pelos direitos destes grupos. Atualmente, ela também é gerente de projetos sociais da marca Não Inviabilize, podcast apresentado por Déia Freitas. Com toda esta bagagem, Luciana entrou na lista “D-30 Desability Impact List” de 2022, que premia lideranças que impactam a vida de pessoas com deficiência no mundo.

Leandrinha Du Art, influenciadora digital e ativista

Leandrinha Du Art, influenciadora digital e ativista (Crédito: Reprodução/Instagram)

A criadora de conteúdo digital e ativista das causas LGBTQIAP+ e de pessoas com deficiência é mais conhecida pelos seus 118 mil seguidores no Instagram como @leandrinhadu. Ela nasceu com a Síndrome de Larsen, uma desordem rara de origem genética que afeta o desenvolvimento dos ossos da criança ainda no útero materno. É conhecida por falar abertamente da sua sexualidade, sobre sua vivência trans e também sobre capacitismo.

Mila Guedes, consultora de diversidade e inclusão

Mila Guedes, consultora de diversidade e inclusão para pessoas com deficiência (Crédito: Reprodução/YouTube)

Publicitária e sócia-diretora da empresa Mila Guedes Consultoria, onde promove inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, Mila tem a doença de Stargardt, uma forma de degeneração macular que afeta os olhos e causa perda de visão progressiva, e esclerose múltipla, doença autoimune que, no caso dela, causa dificuldades de locomoção. Ela é membro do Comitê Científico da ONG Brasil Saúde e Ação – BRASA, que promove ações ligadas à reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência, e trabalhou em diferentes ONGs, comitês e redes nos Estados Unidos e no Brasil, para divulgar e defender iniciativas de acessibilidade no transporte público e no cotidiano das cidades urbanas.

Stefany Krebs, jogadora de futebol

Stefany Krebs, jogadora de futebol e futsal (Crédito: Reprodução/Instagram)

Em 2020, o Clube Palmeiras contratou a primeira atleta de futebol surda para compor o time feminino: Stefany Krebs. Ela começou a jogar bola aos seis anos de idade e a paixão resultou, dez anos depois, nos prêmios de melhor jogadora do Mundial de Futsal para Surdos em 2015 e 2019. No futebol de campo, a atleta jogou pelo EC Pelotas e disputou as Surdolimpíadas com a camiseta do Brasil em 2017 e 2022, garantindo a medalha de bronze em ambas as ocasiões.

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