Opinião
Alerta vermelho: a saúde física e mental da mulher e a lição da SVCR
Como você está redefinindo suas prioridades para garantir não apenas sua produtividade, mas também sua paz de espírito e saúde?
Alerta vermelho: a saúde física e mental da mulher e a lição da SVCR
BuscarComo você está redefinindo suas prioridades para garantir não apenas sua produtividade, mas também sua paz de espírito e saúde?
4 de abril de 2024 - 10h41
Imagine a cena: a pressão é alta, o cronograma apertado, e então, sem mais nem menos, seu corpo grita “basta!” Foi assim, entre uma dor de cabeça avassaladora e uma corrida ao hospital, que eu me deparei com um adversário inesperado: a Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível (SVCR). Uma condição sorrateira, majoritariamente feminina, que aperta as artérias do cérebro como se dissesse: “Pare. Respire. Repense.”
A prescrição? Repouso absoluto. Sim, em plena semana de agitação total no escritório. A ironia da vida mostrando que, apesar de nossas ilusões de controle, nosso corpo detém o poder supremo de nos parar. E foi nesse ponto morto obrigatório que eu me permiti refletir profundamente sobre a jornada insana que muitas vezes nos submetemos.
O mantra do autocuidado deve ser seu escudo. Não se trata de luxos extravagantes, mas de momentos simples de recarga pessoal. O seu bem-estar precisa ser uma constante, e não uma reflexão tardia.
A arte de delegar torna-se uma habilidade vital. Minha equipe provou ser mais que capaz, tomando as rédeas enquanto eu estava ausente. O medo de perder o controle é um fantasma que precisa ser enfrentado – e vencido.
Saúde antes de tudo. Planos, prazos, projetos – tudo se torna secundário diante de um risco à saúde. Aprendi da maneira mais dura que ignorar os sinais do corpo é jogar roleta russa com a vida. Descansar não é um sinal de fraqueza — é um ato de responsabilidade com sua própria existência.
E, por fim, aceitar nossas limitações pode ser libertador. A obsessão por fazer tudo e ser tudo só alimenta uma máquina de expectativas inalcançáveis. Reconhecer e aceitar nossas vulnerabilidades é o primeiro passo para uma vida mais equilibrada e autêntica.
Dois meses após esse episódio, estou de volta ao jogo, mas agora jogando de acordo com as novas regras. As duas “Renatas” – a mãe e a executiva – aprenderam a coexistir em harmonia. E você, como está redefinindo suas prioridades para garantir não apenas sua produtividade, mas também sua paz de espírito e saúde?
Compartilhe
Veja também
Gabriele Carlos: de executiva de RH a CEO
A primeira mulher no comando da Zeiss Vision Brasil representa uma tendência corporativa de altas lideranças que vêm da área de recursos humanos
Mariana Becker: a voz feminina da Fórmula 1 na TV brasileira
A jornalista, que viaja pelo mundo há mais de 15 anos para cobrir o automobilismo na televisão, fala sobre a ascensão feminina na categoria