O novo ciclo de Nathalia Oliveira na Africa Creative
De volta à agência como co-chief media officer da AfricaCreativeMídia, executiva fala sobre integração entre mídia e criação, inovação e futuro da área
O novo ciclo de Nathalia Oliveira na Africa Creative
BuscarDe volta à agência como co-chief media officer da AfricaCreativeMídia, executiva fala sobre integração entre mídia e criação, inovação e futuro da área
Michelle Borborema
23 de abril de 2025 - 7h38
Nathalia Oliveira, co-CMO da AfricaCreativeMídia (Crédito: Rodrigo Pirim/Africa Creative)
Depois de lançar um novo núcleo de design, a Africa Creative acaba de anunciar mais uma expansão: a criação da AfricaCreativeMídia, unidade dedicada a mídia e estratégia criativa. Nathalia Oliveira, que já havia trabalhado na área de mídia da agência antes, em 2018, volta agora como chief media officer, com a missão de liderar a nova estrutura, integrando as estratégias de compra, criatividade e inteligência de mídia.
A unidade nasce com o propósito de acompanhar as constantes transformações da área e contará com uma liderança compartilhada. Ao lado de Nathalia, estarão Thiago Martinez e Tony Arbex, que também atuam como CMOs e duplarão com os cabeças da operação da agência.
Única mulher entre os três chief media officers, Nathalia conversou com o Women to Watch sobre esse novo desafio e os objetivos estratégicos da agência por trás da estrutura.
Nathalia Oliveira: Estou motivada a retornar à Africa neste novo momento porque acredito profundamente na capacidade da agência de transformar-se a si mesma. E não só. Pela influência, robustez e capacidade criativa, quando a Africa se transforma, o mercado publicitário todo se transforma também. Eu acredito em um modelo em que a mídia e a criação são indissociáveis. Poderia contar em apenas uma mão as agências brasileiras que têm volume de mídia e potência criativa, e a Africa Creative, sem dúvida, é uma dessas.
NO: O hub AfricaCreativeMídia representa uma abordagem inovadora na medida em que inverte a lógica e coloca a estratégia de mídia como elemento que colabora com a concepção da ideia. A ideia precisa nascer considerando as necessidades e particularidades dos canais e dos formatos que a levarão até o consumidor. Isso só acontece com as áreas de mídia e criação trabalhando juntas em todo o processo.
NO: Eu diria que principalmente garantir que todas as pessoas do time estejam alinhadas à essa visão e abrir espaços para que os pontos de vista de mídia sejam verdadeiramente considerados.
NO: É uma mudança no fluxo da agência que considera novos entregáveis das áreas em todas as etapas do processo. Quando estipulamos um processo, deixamos de depender da proatividade individual para que a integração aconteça.
NO: Existir uma cadeira C-level específica para a mídia significa muito. É a disciplina de mídia sendo colocada no mais alto grau da hierarquia, logo, com o mesmo poder decisório.
A ideia é trabalharmos com uma abordagem colaborativa para que toda essa proposta de inovação e integração, de fato, aconteça.
NO: Para mim, só é a ideia certa se ela nasce considerando a maneira como ela precisa chegar às pessoas. Por isso a importância da mídia e da criação trabalhando em sinergia. Essa colaboração, fundamentada em dados, não apenas maximiza o impacto das campanhas, mas também resulta em soluções criativas que atendem às expectativas dos consumidores.
NO: O ponto focal da mídia está se deslocando, hoje o profissional não pode se limitar a executar campanhas, ele precisa ser estratégico e criativo. Porém, muitas tarefas da rotina de mídia ainda são operacionais. A tecnologia desempenha um papel crucial na automação dessas tarefas, permitindo que os profissionais liberem esse tempo para se concentrarem em tarefas que exigem mais criatividade.
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