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As estratégias da Microsoft para os agentes de IA

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As estratégias da Microsoft para os agentes de IA

Priscyla Laham, CEO da Microsoft no Brasil, foi entrevistada durante o primeiro dia do ProXXIma 2025


10 de junho de 2025 - 12h43

Proxxima

CEO da Microsoft, Priscyla Laham participa do primeiro dia do Proxxima 2025 (Crédito: Eduardo Lopes/Máquina da Foto)

O olhar da Microsoft para a inteligência artificial é antigo. Ainda em 2019, por exemplo, antes mesmo da acirrada corrida com outras gigantes de tecnologia, a companhia investiu US$ 1 bilhão na OpenAI, apontando para uma tendência que, atualmente, impacta as mais diferentes indústrias, sobretudo com avanços importantes como assistentes e agentes de IA, mecanismos aptos a tomarem decisões com pouca ou nenhuma intervenção humana.

Assistentes são, conforme explicação de Priscyla Laham, CEO da Microsoft no Brasil, copilotos que têm a capacidade de ampliar as capacidades humanas. Exemplos reais da empresa incluem funcionalidades embutidas no Teams, de produção de ata e entendimento de temperatura das reuniões, ou, ainda, o Copilot, que ajuda a navegar por tarefas diárias.

Já o agente pode ser considerado o expert, “um outro funcionário da empresa” com especialidade em algum tema. “O agente autônomo é capaz de fazer determinadas tarefas. Ele contextualiza, aprende e assume papéis, em processos de recursos humanos e compliance. São colegas especialistas”, explica.

O investimento em assistentes, segundo a executiva, se explica pela necessidade de entregar uma interface simples para o usuário, muitas vezes, sem conhecimento profundo da tecnologia. Além disso, por meio desses serviços, a Microsoft planeja disseminar a inteligência artificial, fator fundamental para a estratégia da companhia.

“Se olharmos para a história, nossa primeira missão era colocar um computador na mesa de cada pessoa. Hoje, o Copilot entrega, de forma concreta, o nosso objetivo de empoderar cada organização e pessoa ao redor do mundo a chegar mais longe”, acrescenta.

IA na criatividade

Para a CEO, o receio que ainda persiste em algumas categorias ligadas à criatividade em relação à inteligência artificial também precisa ser superado. A mudança de paradigma deveria ser encarado como oportunidade, tendo em vista a jornada do consumidor quebrada, dividida em diversas fontes de dados que, muitas vezes, não estão integrados. A isso se junta a demanda das pessoas por personalização.

“A dinâmica é: o consumidor continua no centro e o trabalho do criativo e do marketeiro é entender como essa tecnologia vai ajudar a pensar de forma mais personalizada e em escala. A IA nas empresas vai passar muito por isso. É uma oportunidade de olhar de outra perspectiva. Muito provavelmente a criatividade humana nunca será substituída. Propósito, tecnologia e talento é uma combinação bombástica, diz.

Microsoft no Brasil

Ainda durante o painel no ProXXIma, desta terça-feira, 10, Priscyla garantiu que o Brasil é um mercado importante nas estratégias da Microsoft. No ano passado, a companhia anunciou o investimento de R$ 14,7 bilhões em infraestrutura de nuvem e IA no País.

O plano é desenvolver a fundação para que outras empresas locais possam desenvolver novas soluções. Concomitantemente a isso, a gigante também trabalha para conseguir disseminar os avanços, por meio de educação. Por isso, a meta é que, ao longo dos próximos três anos, cinco milhões de brasileiros passem por capacitação e letramento em IA.

“Precisamos garantir que essa tecnologia seja disseminada e democratizada, que é um pouco o nosso pensamento na Microsoft, para que todas as pessoas possam usar. Isso fará diferença. Esse é o momento de fazer o Brasil mais competitivo. Com IA, temos um ponto de entrada para que o País se desenvolva mais rápido”, finaliza.

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