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Uma teoria para o marketing do futuro

Silvio Meira, cientista da TDS Company e Porto Digital, e Rosário Pompéia, da LeFil, sugerem que marketing e influenciadores vão acabar


31 de maio de 2023 - 19h02

A área do marketing vai acabar. Os influenciadores digitais também. Além disso, a forma como o marketing começa a pensar estrategicamente, interações e operações vai mudar radicalmente. Essas foram afirmações e pensamentos que Silvio Meira, cientista chefe da TDS Company e cofundador do Porto Digital, e Rosário Pompéia, sócia fundadora da LeFil, trouxeram como resultados de uma nova teoria do marketing para o futuro.

(Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Executivos defende que marketing vai estar esm todas as áreas (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

A ideia de uma nova teoria para o marketing surgiu da percepção dos executivos de que estratégia que as equipes de marketing seguem hoje são da época da revolução industrial, mas que muitas variáveis mudaram na contemporaneidade para manter o mesmo modus operandi.

Novos canais de mídia

Tudo começou quando o espaço deixou de ser físico ou digital e assumiu o nome phygital. Segundo Meira, é nele que uma rede de comunidades criam significados e criam cultura e, portanto, uma nova economia.

Para esse espaço, é necessário ser ágil nas tomadas de decisão entre manter ou mudar as ações. Para isso, é necessário orquestrar propósito, robustez, eficácia, responsabilidade, flexibilidade, adaptação e mudar mercados.

Segundo o cientista, não é mais possível pensar na teoria de canais ou meio. O novo canal de contatos são os fluxos. “Fluxos são sequências de trocas e interações propositais, repetitivas e programáveis feitas por agentes interdependentes de rede”, define. Nesse cenário, os influenciadores perdem lugar para os articuladores de comunidades.

Organização do marketing vai mudar

Os produtos não serão mais pensados de dentro para fora, e sim de fora para dentro. “Em ecossistemas de comunidade, começamos a procurar produtos para resolver os problemas de clientes”, disse.

Além disso, os profissionais deverão parar de pensar no storytelling e substituir esse aspectos pela narrativa. As ferramentas tecnológicas, como inteligência artificial, serão auxiliares para tornar as mensagens mais personalizadas e individuais, além de subsidiar processos mais ágeis. Já a avaliação das métricas, antes focada em audiência, deve tornar engajamento seu foco principal.

Rosário defendeu que também é necessário eliminar as separações feitas dos tipos de marketing. “Se nessa economia todo produto se torna serviço e todo serviço se torna experiência, não faz sentido separar em marketing de produto, marketing de experiência e marketing institucional”, colocou.

Assim como não cabe uma separação entre os tipos de marketing, os executivos argumentam que a ideia do marketing enquanto área também não se sustenta. “Se falamos que marketing tem a ver com estratégia de negócios, marketing não cabe mais como departamento porque tem a ver com produto, desejar experiência, sac, ouvidoria. É mais um hub interligado do que departamento para o comercial pedir folder”, disse.

Por consequência, Rosário disse que as agências terão que repensar seu modelo de negócio, trabalhando mais na articulação de plataformas ao invés de estratégias e planos de mídia. Tarefas como criar peças para redes sociais, aprovar conteúdo, entre outros, serão feitas por sistemas inteligentes. O planejamento, por sua vez, será feito em tempo real para entregar retorno mais concreto ao cliente.

“Para implementar essas mudanças, é preciso desenvolver competência, discutir e qualificar profissionais nesse pensamento, achar pessoas que vão topar isso, identificar um problema e criar um projeto piloto para identificar os resultados. Precisamos destinar alguma verba do orçamento, implementar e fazer testes alfa, beta e gama. Não acontece de forma unificada”, finalizou Rosário.

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