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Agências brasileiras aderem ao Free the Bid

Movimento para ampliar o espaço de diretoras de cena no mercado publicitário foi lançamento oficialmente no País


24 de maio de 2017 - 11h41

Diretoras de cena celebram a chegada oficial do Free the Bid no Brasil, em evento da Apro (Crédito: Reprodução/facebook.com.br/Apro)

A presença restrita de mulheres nas áreas de criação das agências de publicidade é um assunto que já virou tema de debates na indústria da comunicação em todo o mundo. As reflexões sobre a participação feminina na publicidade abriu caminhos para que a atuação e representatividade de mulheres fossem questionadas, também, em outras áreas da comunicação – como o setor audiovisual.

Desde o ano passado, a participação feminina na direção de cena de filmes publicitários e outros trabalhos audiovisuais virou a bandeira do Free the Bid, movimento criado pela diretora israelense Alma Har’el e pelo brasileiro PJ Pereira, cofundador da Pereira & O’Dell. Depois de contar com adesão de agências de vários países, a iniciativa, agora, chega oficialmente ao Brasil, representada pela Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais (Apro).

“O Brasil já é um País com uma população diversa e sabemos que, quanto mais variada for a equipe de um trabalho, mais bem sucedido ele será. O País, assim como todos os outros, precisava de uma iniciativa como essa para abrir oportunidades iguais para diferentes tipos de talentos”, disse Emma Reeves, produtora executiva e membro do Free the Bid, em painel do Whext, evento realizado pela Apro nessa terça-feira, 24, em São Paulo, que oficializou o lançamento do movimento no Brasil.

O Free the Bid atua em duas frentes. A primeira consiste na mobilização do mercado de comunicação. “Convidamos as agências de publicidade a firmaram conosco o compromisso de, sempre que fizerem a seleção de um diretor de cena, que incluam, pelo menos, uma mulher entre os profissionais que serão avaliados”, explica Emma. Dessa forma, segundo ela, é dada a oportunidade para que os criativos conheçam os trabalhos e os talentos femininos, mas a decisão final continuará sendo tomada pela competência individual. A segunda atuação consiste na formação de um banco de dados com o portfólio de diretoras de cena, produtoras e outras profissionais do audiovisual, de todo o mundo.

No Brasil, o projeto já conta com o aval de algumas grandes agências de publicidade. Africa, DM9DDB, FCB Brasil, Isobar, Mutato e Publicis Brasil afirmaram o compromisso de, em todas as seleções de produtoras, incluir ao menos uma diretora de cena para ser avaliada.

Na opinião de Emma, a baixa participação de mulheres na direção de cena se deve à manutenção de hábitos do mercado, que costuma sempre contratar o mesmo grupo de diretores para os trabalhos, sem dar chance aos novos talentos. “A quantidade de desculpas que as agências dão para não contratar diretoras de cena é enorme. Eles falam que o prazo de entrega é curto, que o anunciante já se acostumou com tal diretor ou que aquele produção exige alguém cujo trabalho já é mais conhecido. Agora, com o frre the Bid, eles não possuem mais desculpa. Temos, no site, um banco de dados que mulheres super talentosas e criativas que, em breve, vai ganhar também informações de diretoras brasileiras. Basta entrar lá e escolher uma profissional, de acordo com o perfil”, sugere.

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