Intenção de compra no Dia das Mães permanece estável

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Intenção de compra no Dia das Mães permanece estável

Fatores como crise econômica, Black Friday, tíquete médio, lojas online e multicanalidade entraram em pauta para esta data comemorativa


12 de maio de 2017 - 8h28


A intenção de compra no Dia das Mães manteve-se estável ao longo dos últimos anos. Está é a conclusão da Pesquisa Intenção de Compras Ibope Inteligência, feita a pedido do Google. Ao todo 88% dos entrevistados pretendem homenagear alguém neste domingo, 14. O percentual é o mesmo de 2015 e 2% menos que o de 2016. O levantamento analisou 1500 internautas de 18 a 55 anos das principais regiões do Brasil, entre 31 de março e 5 de abril de 2017.

Para José Melchert, head of industry de varejo do Google, a crise econômica não afetará os negócios, já que diversos fatores positivos estão contribuindo para o crescimento de vendas neste Dia das Mães. “A recuperação da economia indica retomada do crescimento e é o primeiro fator. A Confederação Nacional do Comércio indicou que espera um crescimento de 3,8% nas vendas para o Dia das Mães 2017, em comparação a uma queda de 8,5% em 2016. O varejo online tem perspectivas ainda melhores – segundo o SpendingPulse, relatório publicado pela Mastercard – o e-commerce cresceu 26% no primeiro trimestre e a expectativa é que esse crescimento continue nos próximos meses”, diz.

O profissional ainda afirma que esta retomada está nos próprios resultados dos varejista, no primeiro trimestre de 2017. “Praticamente todos como Grupo Pão de Açúcar, Via Varejo, Mercado Livre, Magazine Luiza, Lojas Renner e Hering tiveram crescimento de receita acima de 14%”, fala. A liberação dos saldos de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a queda antecipada da temperatura neste abril, trazendo à tona a moda inverno, também são pontos citados por José Melchert como colaboradores para a data.

Apesar de concordar que alguns segmentos terão aumentos de venda e de que a injeção de dinheiro no mercado, derivada do FGTS, darão um respiro na economia de Dia das Mães, Alan Kuhar, professor de administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em varejo, alerta que a crise financeira ainda deve afetar a data, este ano

Apesar de concordar que alguns segmentos terão aumentos de venda e de que a injeção de dinheiro no mercado, derivada do FGTS, darão um respiro na economia no Dia das Mães, Alan Kuhar, professor de administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em varejo, alerta que a crise financeira ainda deve afetar a data. “Com o aumento da taxa de desemprego e incerteza sobre a estabilidade financeira doméstica, todos os setores da economia ainda buscam recuperar seus índices de venda em relação aos anos anteriores”, explica. “Entretanto a força emocional da data dificilmente faz com que as pessoas deixem de presentear suas Mães, o que ocorreu em 2016 e pode se repetir em 2017 é a procura por presentes de menor valor, mas dificilmente não haverá um presente para as Mães no Brasil”, acrescenta Alan Kuhar.

Aos olhos da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigente Lojistas (CNDL), em parceria com o Sebrae, com 839 consumidores de 18 anos ou mais, nas 27 capitais do Brasil a necessidade de economizar é citada por 46% dos entrevistados que disseram que gastariam menos neste Dia das Mães (27%). Razões como dificuldades financeiras (14%), cenário econômico instável e aumento da inflação (23%) e endividamento (14%) também aparecem como empecilhos para as vendas. Ainda segundo o SPC Brasil e a CNDL, entre os 10% que disseram ter a intenção de desembolsar mais com os presentes, os desejos de adquirir um produto melhor (43%), o encarecimento dos presentes (40%) e a melhoria de renda (20%) são os mais mencionados.

Neste Dia das Mães, de acordo com o estudo Pesquisa Intenção de Compras Ibope Inteligência, o tíquete médio declarado é de R$ 453, enquanto o de 2016 era de R$ 467. O head of industry de varejo do Google afirma que datas como a Black Friday não estão fazendo os consumidores gastarem menos, em presentes, este ano. “Isto acontece por dois motivos: as pessoas querem dar presentes para suas mães e os consumidores não se preparam com tanta antecedência. Para se ter uma ideia, no começo de abril, somente 18% das pessoas já tinham comprado algum presente, sendo que 90% dessas pessoas ainda planejavam comprar mais alguma coisa. Ou seja, muita gente deixa a compra para os últimos dias e até 20% realiza a compra no próprio final de semana do Dia das Mães”, fala. “Tanto a distância temporal como a diferença de categorias de produtos comprados permitem afirmar que o Black Friday pouco ou quase nada impacta na relação de consumo de produtos e serviços no Dia das Mães, complementa Alan Kuhar.

(Crédito: reprodução)

Na pesquisa encomendada pelo Google, 78% das pessoas disseram que lojas online ganham relevância, neste Dia das Mães. Consultado, o E-Bit disse que a movimentação na data (29 de abril a 13 de maio) movimentará R$ 1,73 bilhão no e-commerce, uma alta de 7% em relação ao mesmo período em 2016, que registrou R$ 1,62 bilhão. No âmbito digital, o tíquete médio permeia o valor de R$ 416, 3,5% maior que no ano passado. Ademais, o número de pedidos saltará de 4036 milhões para 4155 milhões. “A expectativa para 2017 são muito boas. A gente começa a respirar melhor depois do agravamento da crise. Vemos um crescimento de dois dígitos, no e-commerce”, revela Vicente Rezende, CMO do Buscapé. Os produtos mais desejados são smartphones, vinhos, perfumes, água de colônia e TV.

Analisando o varejo como um todo, a Pesquisa Intenção de Compras Ibope Inteligência constatou que 54% dos entrevistados já compraram ou pretendem comprar roupas, calçados e acessórios. O restante fica por conta de produtos para uso pessoal (46%), lembranças como chocolates e flores (38), eletrônicos e eletrodomésticos (26%) e produtos para casa (24%). “Devemos lembrar que o Brasil é quase um continente com mais de 200 milhões de habitantes de diversas classes econômicas. De acordo a classe econômica há maior ou menor disposição a desembolsar por um presente. Entretanto as categorias mais vendidas costumam ter alta correlação com um presente com significado emocional e principalmente uso pessoal”, ressalta Alan Kuhar.

O profissional José Melchert conclui que as expectativas para este Dia das Mães são grandes. “Além da retomada da economia já citada anteriormente, estamos vendo nesse Dia das Mães, pela primeira vez, grandes e tradicionais varejistas como Magazine Luiza e Casas Bahia apostando na multicanalidade com campanhas de compre pelo site e retire na loja. A tão falada e prometida integração entre o e-commerce e as lojas físicas está realmente acontecendo, com campanhas tanto nos meios digitais como YouTube, como na TV”, aponta.

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