B3 e GPTW anunciam índice ESG

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B3 e GPTW anunciam índice ESG

Lançamento fará parte da família de índices da B3 com foco em ESG, ao lado de ISE, ICO2 e O S&P B3 Brasil ESG


19 de outubro de 2021 - 15h40

De acordo com os executivos o novo índice tem grande impacto nas pessoas, nos negócios e na sociedade (crédito: SWKStock/shutterstock)

A Great Place To Work e a B3 anunciaram em coletiva de imprensa nessa terça-feira, 19, o lançamento do índice GPTW B3 e ações Brasil, o primeiro lançamento do GPTW desse tipo no mundo. O novo índice será lançado em janeiro de 2022, terá uma média de 30 empresas premiadas e fará parte da família de índices da B3 com foco em ESG, ao lado do ISE, do ICO2 e do O S&P B3 Brasil ESG.

“Acreditamos que é importante para o mercado e para os investidores terem à disposição produtos ESG, porque o tema vai nortear a nova forma de pensar o negócio das companhias e do investidor olhar as finanças em todo mundo. Dentro da nossa estratégia de negócios, temos o papel de induzir às boas práticas ESG e ampliar a oferta de produtos e serviços que apoiem nossos clientes e ajudem o mercado nessa evolução”, afirma Luís Kondic, diretor executivo de produtos listados da B3.

O executivo comenta que durante a pandemia do novo coronavírus o tema ESG ganhou relevância e o número de produtos associados a investimentos com propósito ambientais, sociais e de governança também aumentou. Segundo ele, está acontecendo uma mudança no perfil do investidor e investimentos focados nessa agenda tendem a atrair cada vez mais investidores jovens, que buscam investimentos com propósitos específicos e que tenham impacto positivo na sociedade. “Estar no centro dessas transformações e dar luz ao problema é uma responsabilidade e uma grande oportunidade para todos nós”, diz Kondic.

Metodologia
A construção do novo índice começa pelos critérios mínimos de liquidez, parâmetros similares aos já aplicados nos demais índices da B3. Na janela dos últimos 12 meses, os ativos serão selecionados com bases em três critérios: estar dentro dos 99% em ordem decrescente do IN (índice de negociabilidade) acumulado, ter 95% de presença em pregão e não ser penny stock (ações abaixo de uma libra esterlina).

O índice será um crossover entre o universo das empresas admitidas na negociação na B3 e que atendem aos critérios de liquidez, cerca de 50 certificadas, com o universo das empresas certificadas pela GPTW, classificação que acontece de junho a maio do ano seguinte e contém dois mil negócios.

Uma vez definido quem entrou na carteira, as empresas que estiverem entre as 150 melhores do ranking da GPTW terão peso dois. O índice será revisado quadrimestralmente, em janeiro, maio e setembro, para a verificação da liquidez.

Ruy Shiozawa, CEO da GPTW, comenta que o Brasil é pioneiro em olhar para os ambientes de trabalho. É brasileiro o primeiro escritório da GPTW aberto fora do Estados Unidos e o primeiro ranking feito pela empresa também. Nesse ano, a GPTW divulgou a 25ª edição do ranking. Na primeira, em 1997, apenas 130 empresas participaram.  Na época, o foco de gestão das empresas estava nos pilares tradicionais como clientes e tecnologia.

“Nós sentimos que faltava um pilar que estava dentro desse guarda-chuva do ESG: o de pessoas. Na evolução durante esses 25 anos, saímos de 130 empresas pioneiras para mais de seis mil participantes na pesquisa desse ano, sendo quatro mil aptas a disputar o ranking e duas mil certificadas. Olhar como colocar as pessoas no centro ganhou relevância. Ou seja, o mercado está evoluindo e isso é relevante porque quando você tem essa abordagem mais integrada dos seus pilares de gestão, o impacto é grande para as pessoas, para os negócios e para a sociedade”, comenta Ruy.

Para exemplificar essa transformação, o CEO destaca que há 15 anos apenas 6% das empresas permitiam o home office para os colaboradores, mas na pesquisa desse ano esse número subiu para 96%. Com relação a equidade de gênero, há 15 anos a participação da mulheres na liderança era de 12%, nesse ano essa porcentagem se multiplicou em duas vezes e meia, agora 31%.

*Crédito da imagem do topo: jijomathaidesigners/shutterstock

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