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Hershey vai imprimir chocolate nos EUA

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Marketing

Hershey vai imprimir chocolate nos EUA

Impressora 3D CocoJet será instalada permanentemente no Chocolate World, na sede da empresa, em maio


30 de janeiro de 2015 - 12h38

(*) Por Beth Snyder Bulik, do Advertising Age

Precisa de uma paradinha no meio da tarde para comer um chocolate? Vá até a CocoJet 3D e faça uma barra da Hershey. No futuro, cada chocólatra poderá criar sua própria guloseima. Mas por enquanto, os fãs da iguaria terão que ir até a sede da Hershey, na Pennsylvania para conseguir um doce 3D.

Em maio, a empresa planeja instalar permanentemente uma impressora 3D de chocolate no Chocolate World, onde os consumidores poderão pedir seus doces personalizados. A impressora CocoJet foi apresentada primeiramente no Chocolate World, em dezembro, e depois na CES, em Las Vegas, em janeiro.

A Hershey construiu a impressora em parceria com uma das maiores e mais tradicionais companhias de impressão 3D, a 3D Systems. Após apenas seis meses de testes, a equipe já está na quarta versão da impressora e possui um número semelhante de receitas. O processo de impressão pode demorar desde alguns minutos até uma hora ou mais, dependendo da complexidade do desenho.

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“Essa tecnologia será fundamental para a forma como as pessoas vão interagir com a comida no futuro”, diz Jeff Mundt, gerente de marketing sênior de tecnologia do centro de inovação da Hershey. “Se não formos para ponta e lideramos o desenvolvimento da comida 3D, alguma outra empresa fará isso, e nós somos pura inovação”.

O executivo afirma que não tem respostas definitivas sobre o que podemos aguardar para o futuro. As iniciativas de impressão 3D estão em fase de descoberta, absorvendo opiniões de consumidores e parceiros.

“Nossa abordagem é lançar para aprender e não aprender para lançar. Colocar algo na frente das pessoas e ver como elas respondem. Ajustá-lo, voltar com uma nova versão e continuar”, explica Mundt.

O sabor consistente é o segredo da marca Hershey. Nesse caso, isso significa que as receitas 3D – o chocolate é extrudado através cartuchos especiais de metal com orifícios – devem ter o mesmo sabor das barras que eles estão imitando. A empresa já tem equipes de cientistas de alimentos e especialistas sensoriais dedicados a garantir que o sabor, a consistência e a textura da marca estejam em todos os produtos. O chocolate 3D é apenas outro item dentro do controle de qualidade. Por enquanto, a impressão 3D na Hershey significa que os consumidores podem encomendar a cobertura de um bolo de casamento ou um cartão comestível. Mas no futuro pode oferecer outros usos.

A exposição no Chocolate World atrairá a atenção de curiosos e de entusiastas de customização assim como da mídia em geral. A impressora 3D da companhia já apareceu no "Good Morning America" no fim de dezembro após a equipe imprimir barras com imagens dos apresentadores.

“Descobrimos no Chocolate World que quando os consumidores podem se envolver com o chocolate em situações além de ir a uma loja, comprar um produto e comê-lo significa muito mais para eles. Há muitas outras formas de se envolver com o chocolate agora”, afirma Mundt.

De acordo com estimativas do Gartner, o mercado de impressoras 3D, do qual o setor alimentício é ainda uma pequena parte, atingirá a marca de US$ 6,9 bilhões em vendas até 2018. Neste ano o segmento deve movimentar US$ 789 milhões. A Nasa, por exemplo, tem testado a tecnologia como uma alternativa para alimentar os astronautas no espaço, enquanto o governo norte-americano pensa em usar para dar comida a tropas no campo.

“Não temos um objetivo final em mente. Estamos trabalhando nessa direção. A beleza da impressão 3D é que você pode fazer algo que você jamais poderia com um molde. Podemos usar a tecnologia para criar algo que talvez ninguém nunca pensou ou experimentou”, opina Mundt.

Tradução: Fernando Murad

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