Mercado de bets deve faturar R$ 36 bilhões no Brasil
Segundo dados da LCA Consultores Econômica e Cruz Consulting, casas regulamentadas podem gerar R$ 9 bilhões em arrecadação de impostos
Estudo indica como as bets impactam na economia do Brasil e dos Clubes (Crédito: Davizro Photography/Shutterstock)
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), apresentaram nessa terça-feira, 11, o levantamento “Panorama do Mercado de Apostas de Quota Fixa”, desenvolvido pela LCA Consultores Econômica e pela Cruz Consulting.
O estudo foi produzido com base em informações públicas e dados fornecidos pelas empresas legalizadas com o objetivo de fornecer uma visão sobre os impactos das empresas de apostas no cenário econômico neste primeiro ano de regulamentação do setor.
Segundo a Receita Federal, o setor já soma R$ 7,5 bilhões em capital próprio investido, com o potencial de gerar até R$ 28 bilhões em demanda adicional em outros segmentos produtivos da economia.
Além disso, o levantamento indica que o mercado formal de apostas deve movimentar R$ 36 bilhões em faturamento das operadoras só em 2025. Com esse montante, as empresas do segmento devem promover uma arrecadação estimada em R$ 9 bilhões, considerando impostos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ISS, além da contribuição de 12% sobre o faturamento bruto (GGR).
Arrecadações e contribuição
Com a regulamentação e o pagamento de impostos, as empresas de apostas esportivas precisam destinar parte da sua contribuição sobre o faturamento bruto para impactos sociais.
Em 2025, estima-se que a contribuição será de R$1.6 bilhão para o esporte, 1,2 bilhão ao turismo e 590 milhões para segurança pública, além da destinação a outros setores sociais, como seguridade social, educação, saúde, entidades da sociedade civil, entre outros.
Até setembro deste ano, a arrecadação federal já chegou a R$ 6,9 bilhão.
Impacto de mercado
Segundo dados levantados pelo estudo, em 2025, estima-se que o setor de bets originou 10 mil empregos diretos e 5,5 mil empregos indiretos, por conta da regulamentação.
Além disso, as empresas apontam que foram formalizadas 67 novas ocupações, como por exemplo, analistas de risco e desenvolvedores de sistemas. Com isso, a massa salarial aplicada pelas empresas de apostas foi de R$ 460 milhões com R$ 87 milhões em encargos sociais como INSS e FGTS.
O salário médio do setor gira em torno de R$ 7 mil e 63,8% dos trabalhadores ganham acima de quatro salários-mínimos, segundo a pesquisa.
Apoio ao futebol
Nesta temporada de 2025, 90% dos times da série A do Brasileirão são patrocinados por casas de apostas, número 30% maior que 2024, que tinha 70% de abrangência.
Com isso, o valor do patrocínio máster dos clubes que contam com casas de apostas em seu uniforme é superior a R$1,1 bilhão. Essa quantia é quatro vezes maior que no início da década.
Os clubes que mais recebem são Flamengo, com um aporte de R$ 268,5 milhões; São Paulo, com R$ 113 milhões, e Corinthians, com R$ 103 milhões.
COMPARTILHE:
