O papel da nostalgia no consumo dos brasileiros
Reprises de novelas estão entre os formatos com maior impacto, junto com comerciais e músicas
Com maior faturamento da história da Globo e recorde de merchandisings, o remake de Vale Tudo terminou na semana passada, com o último capítulo indo ao ar na sexta-feira, 17 de outubro. Além das particularidades da trama, o formato carrega um elemento que impacta o consumo: a nostalgia.

Remake de Vale Tudo revisita trama original de 1988 (Crédito: Reprodução)
Um relatório da empresa de pesquisa de mercado PiniOn apontou que 44,4% dos brasileiros afirmam ter a nostalgia muito presente em suas vidas e mais da metade (56,8%) já fizeram compras motivadas por lembranças do passado.
O levantamento foi realizado online, em setembro, e ouviu mais de 1540 pessoas em todas as regiões do Brasil. Os dados indicam que revisitar memórias coletivas seria um caminho eficaz para criar conexões emocionais.
Questionados sobre o que mais desperta nostalgia, o item mais citado pelos entrevistados foi músicas antigas e trilhas sonoras marcantes (34,3%). Já quando a pergunta era sobre os elementos que mais resgatam memórias afetivas, as músicas antigas lideraram mais uma vez (54,9%), seguidas por programas de TV, séries e filmes clássicos (40,4%).
No estudo, 8 em cada 10 respondentes disseram já ter comprado algo que desejavam na infância ou adolescência, mas só conseguiram depois de adultos. Entre os itens mais nostálgicos estão brinquedos e jogos retrôs (37,1%), roupas e acessórios inspirados em décadas passadas (26,1%) e relançamentos de comidas e bebidas (24,3%).
Quase metade (45%) dos respondentes disse se sentir mais motivado a comprar quando a marca utiliza referências nostálgicas. Os canais preferidos são as redes sociais (56,1%) e a TV e cinema (29,7%).
Já entre os formatos que mais impactam comerciais antigos reprisados ou adaptados lideram (36,9%). Na sequência, aparecem reprises de novela (24,9%) e regravações de músicas icônicas (21,2%).