Marketing

Os 20 anos de Beauty Fair e a evolução da beleza

De olho no futuro, organização aposta em tecnologia, internacionalização e na construção de relacionamentos

i 3 de setembro de 2025 - 6h00

A partir do sábado, 6, até a terça-feira, 9, será realizada a feira de beleza Beauty Fair, no Expo Center Norte, em São Paulo. Em 2025, o evento chega à sua 20ª edição e contará com mais de duas mil marcas expositoras. Para a Beauty Fair Co, ecossistema de negócios responsável pela feira, a expectativa é receber mais de 200 mil visitantes.

Os 20 anos de Beauty Fair

Beauty Fair 2024 (Crédito: Divulgação)

Na comemoração dos 20 anos, pela primeira vez, a feira terá um pavilhão exclusivo para o setor de perfumaria. O movimento busca refletir o crescimento do segmento, passando pelo avanço dos perfumes árabes e o sucesso dos “dupes” nas redes sociais.

Além disso, o evento conta com apresentação de lançamentos, workshops, cursos e dois congressos: o 1º Congresso Científico de Técnicas Avançadas em Injetáveis e 1º Congresso Científico de Técnicas Avançadas em Remoção a Laser.

O diretor-geral da Beauty Fair Co, César Tsukuda atribui o avanço da feira à evolução do próprio mercado. “Mais que isso, tentamos antecipar um pouco as tendências, os movimentos do mercado para acelerar as transformações que estão acontecendo e fazer com que cada um dos players entenda o seu papel”, explica.

Para isso, ele aponta que é preciso ouvir o mercado durante todo o ano. Entender as dores e demandas que vão desde a indústria até a distribuição e soluções de tecnologia. Hoje, a feira pretende atuar como uma superespecialista dentro dos diferentes nichos que compõe o setor de beleza.

“O primeiro desafio foi entender quais são esses nichos. O segundo foi criar estruturas para que possamos atender cada um desses nichos de acordo com as características e demandas. É muito interessante porque, mesmo dentro do mundo profissional, você tem diferenças enormes”, aponta Tsukuda.

Nesse sentido, a companhia vem investindo em pesquisa para entender os segmentos e, em um mercado que funciona com ciclos de lançamento cada vez mais rápidos, separar os modismos temporários de tendências com real potencial de transformação do mercado.

Impacto da influência na beleza

Além dos profissionais da beleza, a feira conta com um credenciamento especial para os criadores de conteúdo. O diretor-geral da Beauty Fair Co reconhece que as influenciadoras trouxeram uma nova dinâmica para o mercado.

“Mas, eu procuro atenuar um pouco essa questão. Para mim, a grande transformação não é o influenciador, em si, mas o meio que eles usam. Se formos fazer uma análise histórica, o papel da influenciadora de hoje sempre existiu. O que mudou foi o canal e a forma de se fazer”, opina.

Ele também descreve uma mudança importante no comportamento do consumidor de beleza. Antes, a indústria trazia as informações em forma de produto e disponibilizava para o consumo. Hoje, a lógica teria se invertido.

“É a consumidora ditando, influenciando. Até porque ela está mais bem informada, tem mais acesso à informação. Com isso, a indústria precisa obrigatoriamente estar muito próxima dessa consumidora, acompanhando e tentando antecipar os movimentos que elas estão fazendo”, descreve Tsukuda.

Os planos da Beauty Fair Co

Sobre o futuro da companhia e da feira, o executivo lista quatro pilares centrais. Primeiro, o investimento em tecnologia e inteligência artificial para tornar a empresa mais eficiente e atualizada sobre o mercado. Outra frente estratégica é a produção de conteúdo educacional e de dados para municiar o mercado, desde o varejista até o profissional de beleza independente.

O terceiro ponto seria o olhar para o mercado externo que se dá de duas formas. De um lado, a Beauty Fair quer apoiar marcas brasileiras no seu processo de internacionalização para que elas se tornem protagonistas também fora do Brasil. Do outro, está a necessidade de acompanhar e importar as tendências internacionais com agilidade.

“Não é trazer mais rapidamente, mas, sim, fazer uma leitura ou tropicalizar essa informação e essa tendência para o mercado brasileiro. Essa globalização é uma via de duas mãos”, afirma o diretor-geral.

A última e maior prioridade da companhia seria a construção e fortalecimento de relações no mercado. “Não só relações entre a Beauty Fair e os players de mercado, mas principalmente entre os interessados. Então, a indústria com o varejo, a indústria com a distribuição, a indústria com o cabeleireiro, a distribuição com o salão de beleza e assim por diante. A construção de pontes, de relacionamentos é, definitivamente, nosso principal pilar”, conclui Tsukuda.