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Taxa zero e benefícios: o plano do Rappi para avançar em restaurantes

App apresenta pacote de ações com investimentos de R$ 1,4 bilhão em três anos com o objetivo de triplicar de tamanho no mercado brasileiro


5 de maio de 2025 - 11h00

Felipe Criniti, CEO do Rappi Brasil

Felipe Criniti, CEO do Rappi Brasil: app quer dobrar base de restaurantes até o final do ano, passando de 30 mil para 60 mil com ação de taxa zero (crédito: Arthur Nobre)

O Rappi inicia nesta segunda-feira, 5, um plano de ação para ampliar sua atuação e, até o final, dobrar sua base de restaurantes parceiros, passando de 30 mil para 60 mil. A estratégia, apresentada em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), inclui taxa zero para os estabelecimentos e um pacote de benefícios para os entregadores.

Os estabelecimentos que aderirem ao programa do Rappi não pagarão taxas de intermediação e de entregador durante três anos. A única taxa que será cobrada é a de adquirência (valor cobrado pelas empresas de meios de pagamento), fixada em 3,5% do total do pedido. A contrapartida exigida para os restaurantes, segundo Felipe Criniti, CEO do Rappi Brasil, é oferecer ofertas exclusivas no app.

Ainda de acordo com o executivo, a composição de taxas no delivery varia de 10% a 15%, na modalidade marketplace, e vai até 35%, no full service (apps de entrega). No caso do Rappi, a média é de 17%.

“Uma compra de R$ 100 custava R$ 17 para o restaurante. Ele recebia R$ 83. No mercado, essa taxa de venda custava R$ 35 para o restaurante. Ele recebia R$ 65. Com a nova proposta do Rappi, o restaurante paga somente R$ 3,5 e recebe R$ 96,50. Então, a margem sobe e temos perspectiva de crescimento e aumento de volume”, afirma o CEO.

Plano de crescimento e adesão dos restaurantes

Novos restaurantes podem aderir ao plano do Rappi a partir desta segunda-feira, 5. Já os estabelecimentos da base de 30 mil cadastrados terão um período de transição, até junho, caso queiram aderir, para fazer a migração de contato. A perspectiva da empresa é atrair 30 mil novos restaurantes para o app e encerrar o ano com o dobro da base.

A sustentação do projeto está no plano de investimento de R$ 1,4 bilhão previsto pela companhia para os próximos três anos. Desse total, 40% serão concentrados na vertical de restaurantes; 22%, no Rappi Turbo; e o restante nas demais verticais e na melhora da operação. A meta da empresa ao final dos três anos é triplicar de tamanho no País.

Além de restaurantes que já atuam no universo dos apps de delivery, o Rappi pretende atrair para a sua base negócios que tenham operação própria de entrega e aqueles que trabalham com ferramentas como o WhatsApp.

“O WhatsApp é um mercado de 130 milhões de deliveries. É maior do que qualquer outra plataforma. Mas ainda é muito manual. A proposta do Rappi para o pequeno e médio restaurante é oferecer uma plataforma realmente tecnológica, com toda essa gestão e conexão”, afirma.

Embaixador da marca e entregadores

O plano de investimento inclui, ainda, a seleção de uma ou mais celebridades para assumirem o posto de embaixadores da marca. “Queremos realmente comunicar isso da forma certa. Não adianta termos uma mega oferta, todos os restaurantes dentro, um sortimento excelente, com melhores preços, se não soubermos comunicar”, explica Criniti, sem detalhar a estratégia de comunicação.

A empresa está em fase de seleção de nomes para ocupar o posto de rosto da marca nas campanha publicitárias. Não há previsão de data de estreia.

Já para os entregadores, a empresa prepara um pacote de benefícios com taxas que superam as das concorrentes, de acordo com o CEO. Na semana passada, o iFood anunciou o aumento de suas taxas. A partir de 1º de junho, os entregadores da modalidade Bike receberão R$ 7 por entrega, enquanto os de Moto e carro, R$ 7,50 (era R$ 6,50).

O anúncio oficial do Rappi aconteceu durante coletiva de imprensa, realizada nesta manhã, em São Paulo. O evento da Abrasel apresentou, ainda, medidas de apoio de Ambev, Coca-Cola, Google e Stone para o mercado de alimentação fora do lar, em linha com o Plano de Restauração do Setor, feito pela entidade.

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