Insta e Snap: um ano depois, quem leva a melhor?
Em agosto do ano passado, o aplicativo de foto e vídeo do Facebook foi criticado por copiar o concorrente que, atualmente, tenta direcionar o foco do seu negócio
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BuscarEm agosto do ano passado, o aplicativo de foto e vídeo do Facebook foi criticado por copiar o concorrente que, atualmente, tenta direcionar o foco do seu negócio
Luiz Gustavo Pacete
15 de agosto de 2017 - 8h30
Há um ano, em agosto de 2016, o Instagram chegou a ser criticado pela criação de uma nova função: o stories. O motivo era a possível cópia direta ao concorrente Snapchat. Na ocasião, Kevin Systrom, CEO do Instagram, admitiu que existia sim uma inspiração. Havia uma dúvida, no entanto, se a nova função faria sentido.
Um ano depois, o Instagram aumentou sua base enquanto o Snapchat viu uma queda em seu ritmo de crescimento. Em abril, o stories chegou a 200 milhões de usuários diários. Já o Snapchat registrou 158 milhões de usuários diários naquele mês. Dados do início de agosto mostram que o stories chegou a 250 milhões de usuários diários. Catherine Boyle, analista-chefe da consultoria eMarketer, avalia que um dos principais desafios do Snapchat, no momento em que o stories surgiu, era sanar a falta de informação que ele dava ao mercado sobre métricas, o que o concorrente fazia de forma mais consistente.
“De fato, o Snapchat era a rede social dos millennials, mas na época em que o stories foi criado ele não havia amadurecido em termos de fornecimento de métricas para marcas e agências”, diz Catherine. Segundo ela, o grande feito do Snapchat foi fazer que com que seus concorrentes se movimentassem e se abrissem para um conteúdo mais dinâmico.
O IPO do Snapchat, em março, deixou claro que, diante da concorrência, a Snap Inc, dona do aplicativo, havia redefinido sua estratégia de negócios focando na produção de tecnologia para captação de imagens, dentre elas, os óculos Spectacles, criados em setembro de ano passado. Em 2012, Mark Zuckerberg, criador do Facebook, tentou comprar o Snapchat por mais de uma vez. Na semana passada, uma notícia que repercutiu mundialmente dava conta de que o Google teria oferecido US$ 30 bilhões em duas oportunidades pelo Snapchat. Uma em 2016 e outra também em 2017, antes do IPO.
De acordo com Thiago Arantes, diretor de planejamento da SalveTribal Worldwide, o Snapchat iniciou uma nova visão sobre conteúdo digital que foi amplificada com o Instagram Stories, onde fotos e vídeos são usados para contar uma experiência, não mais para acumular registros de momentos vividos. ” Para ele, a efemeridade desses formatos dá um senso de foco ao usuário. “A atenção dele está apenas ali mesmo que por poucos segundos. Isso vem quase como um antídoto à dispersão causada pelo excesso de conteúdo na linha do tempo da maioria das redes sociais”, diz.
Apesar do crescimento do stories. Muitas marcas e grupos de comunicação e conteúdo continuam firmando parcerias com o Snapchat. O WPP, por exemplo, definiu, em um de seus reportes, a importância da plataforma para várias agências do grupo. Recentemente, a empresa fechou um acordo de US$ 100 milhões com a Time Warner que produzirá 10 shows originais por ano na plataforma. Além de ter consolidado parcerias recentes com ABC, NBC, ESPN e outros players.
Mesmo com a concorrência do stories, as estimativas para o Snapchat são positivas. De acordo com a eMarketer, em 2017, o Snapchat deve gerar uma receita de US$ 935,5 milhões, alta de 155,1% em relação a 2016. E 86% desse total virá dos Estados Unidos. De acordo com os cálculos da consultoria, em 2018, a dependência do mercado americano vai cair, representando 75% das receitas.
David Reck, CEO da Reamp, empresa de marketing digital, explica que o IPO do Snapchat foi crucial para que ele pudesse lidar com a concorrência. “O Facebook possui muito dinheiro e está em constante inovação. Para poder acompanhar e entrar nessa disputa, a capitalização da Snap Inc foi fundamental e o foco de investimento deve ser em tecnologia, novos formatos de anúncios e aquisição de pequenas empresas”, diz Reck.
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