Carta aberta aos mídias
Vocês representam o presente e o futuro da comunicação; lidam com dados, que vai se revelar a chave principal para nosso trabalho, e dados também são muito humanos
Vocês representam o presente e o futuro da comunicação; lidam com dados, que vai se revelar a chave principal para nosso trabalho, e dados também são muito humanos
(Crédito: Venimo/istock)
Caras e caros mídias,
Sei que não está fácil. Sei também que o jogo mudou completamente e isso gera apreensão. O que é natural, viu? Está todo mundo nesse barco. A transformação é universal e democrática. Mais do que nunca estamos lidando com a tal da FOMO, com o tsunami de informações, prazos e budgets cada vez mais apertados, os hábitos e perfis do consumidor que se tornam cada vez mais diversos e muitas interrogações.
Você deve estar se perguntando o que eu, um profissional do outro lado da mesa, que representa o veículo, sabe do dia a dia e das dores do mídia? Muita coisa. Os mídias sempre foram na prática, meus colegas diretos de trabalho. Não há como não se colocar no lugar de vocês. Além disso, venho acompanhando as transformações do mercado há algum tempinho. Comecei em uma época que mal se falava em internet, e hoje é impossível pensar em um projeto que não esteja também no digital. Acabaram-se as fronteiras. Está vendo? Desse lado aqui também estamos em ressignificação.
Sabe que o que venho aprendendo e observando nesta minha jornada? Lembro que, no começo dos anos 2000, não era comum termos um profissional de mídia nas reuniões de criação das campanhas com os anunciantes. Hoje, a participação de vocês é fundamental em todo processo, de ponta a ponta. E fico muito feliz quando a conversa vai além da planilha de inserções de mídia e falamos sobre o planejamento em longo prazo e a visão de negócios como um todo. Porque o caminho é por aí.
Vocês representam o presente e o futuro da comunicação. Vocês lidam com dados, algo que ainda sabemos pouco, mas que vai se revelar a chave principal para nosso trabalho e para onde iremos. E não estou falando só dos números: dados também são muito humanos. Saber interpretá-los para a realidade do cliente e trazer emoção a planilhas e fórmulas é não só essencial, será o antes e depois de tudo. Estar conectado não só na evolução da tecnologia, mas também das pessoas. Essa é a catarse.
Volto a dizer que eu sei que não está sendo fácil. Mas esse cenário está mudando e muito rápido. Daqui a pouco tempo, essa carta não fará mais sentido (felizmente!) e estaremos diante de novos dilemas e inquietações. O que não muda é que estaremos juntos nessa!
*Crédito da imagem no topo: Oatawa-iStock
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