Construindo relações ao invés de meros consumidores
Autenticidade nas ações é fundamental para conquistar a confiança das pessoas
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Nesse nosso mundo em que opções de consumo são infinitas, as marcas enfrentam um desafio crucial: construir relações genuínas com as pessoas. Mais do que nunca, a sociedade, marcada pela horizontalidade nas relações e pelo acesso irrestrito à informação, busca por marcas que se posicionem como agentes de mudança e sentido, transcendendo a mera transação comercial. Veja aqui que perigo sensível. Confiar em marcas como agentes de sentido. Nesse contexto, o marketing precisa se reinventar, abandonando estratégias exploratórias, buscando engajar os consumidores de forma ética e transparente.
Penso que isso se faz necessário pois o consumidor contemporâneo está empoderado: ele tem voz ativa, um senso crítico aguçado e ferramentas para se expressar livremente. A opinião de um “igual”, compartilhada nas redes sociais, muitas vezes supera a influência de especialistas ou figuras de autoridade. Nesse cenário, as marcas são desafiadas a construir relações de confiança, baseadas na autenticidade e na identificação de valores comuns. Muitas vezes elas inclusive se desafiam a parecer um influenciador igual a qualquer outro, como faz a Lu, da Magalu.
A busca por propósito e significado tornou-se um motor essencial para as marcas que desejam se conectar com seus consumidores. Ações efetivas que promovam causas sociais relevantes, como igualdade de gênero, diversidade e sustentabilidade, demonstram compromisso e responsabilidade social. No entanto, é preciso ir além do “marketing de fachada”, que explora causas sociais apenas para gerar lucro. A autenticidade e a transparência nas ações são fundamentais para conquistar a confiança do consumidor, que está cada vez mais atento e crítico a esse tipo de prática. A última edição de Cannes Lions deixou evidente que o envolvimento das marcas em causas sociais exige muita cautela, estudo e envolvimento permanente (frequência e compromisso).
Construir relações sólidas e duradouras exige um investimento constante em diálogo e escuta ativa. No âmbito do marketing de influência, pensar no criador de conteúdo como mero espaço de mídia e realizar compras de pacotes de posts e stories não é mais eficiente. As marcas precisam estar atentas às necessidades e aos anseios de seus consumidores, buscando engajá-los como verdadeiros parceiros na construção de um futuro mais justo e sustentável. É necessário repensar o papel do marketing na sociedade, migrando de uma lógica de exploração para uma lógica de colaboração e construção conjunta.
Para resumir, acredito que construir relações fortes com as pessoas, exige das marcas:
Adoção de uma postura ética e transparente: As marcas devem agir com integridade, comunicando-se abertamente sobre suas práticas e intenções, o que fortalece a confiança e a lealdade do consumidor;
Compromisso com causas sociais relevantes: É essencial que as marcas se envolvam genuinamente em questões sociais, demonstrando um verdadeiro interesse em promover mudanças positivas na sociedade;
Criação de experiências autênticas e significativas: As marcas devem oferecer interações que ressoem com os valores e interesses dos consumidores, criando conexões emocionais que vão além do produto ou serviço;
Diálogo constante e escuta ativa dos consumidores: Manter uma comunicação aberta e receptiva permite que as marcas entendam melhor as expectativas dos consumidores e ajustem suas estratégias para atender a essas necessidades;
Reconhecimento do poder e da importância do consumidor empoderado: As marcas devem valorizar e respeitar a voz dos consumidores, reconhecendo seu papel central na definição da reputação e do sucesso da marca.
As marcas que compreenderem e se adaptarem a essa nova realidade estarão mais bem preparadas para prosperar em um mundo cada vez mais complexo e desafiador. Ao adotar uma postura de agente de mudança, as marcas não apenas se destacam no mercado, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Essa é a verdadeira essência de construir relações e não meros consumidores.
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