Desistir não é para o marketing
A área que “inventava” teve que se reinventar, com mudanças no mindset, pautadas pela tomada de decisão baseada em dados e adoção de uma cultura centrada no cliente
A área que “inventava” teve que se reinventar, com mudanças no mindset, pautadas pela tomada de decisão baseada em dados e adoção de uma cultura centrada no cliente
Ao longo de anos, o marketing precisou provar sua importância dentro das corporações. Muito além de atividades promocionais e eventos, a área teve que mostrar sua verdadeira essência e vocação: ser catalisadora de comportamentos, cultura e colaboração. Com a chegada da pandemia e o consequente foco no universo digital, esse marketing raiz, voltado para as pessoas e transformações ganhou força, mostrando que seus pilares são fundamentais para o desenvolvimento de negócios muito mais sustentáveis, e claro, muito mais humanos.
A antiga cartilha baseada nos “4Ps” (Produto, Praça, Preço e Promoção) deixou de ser referência, dando lugar a um sólido tripé que envolve “Pessoas, Processos e Cultura”, como mostrou estudo da consultoria McKinsey. A área que até então “inventava”, teve que se reinventar, com concretas mudanças no mindset, pautada pela tomada de decisão baseada em dados e pela adoção de uma cultura centrada no cliente (Customer Centric).
Na era da transformação digital, desistir não era uma opção – não para o marketing. O caminho era ouvir, entender e traduzir em ações tudo aquilo que os clientes – internos e externos – esperam. Ou seja, não era uma questão de encontrar o que faltava, mas sim de compreender que a peça-chave para construir pontes entre marca e stakeholders está em uma visão 360º, capaz de ir muito além de rótulos, métricas e KPIs. Está no marketing humanizado, que consegue falar de negócios, entregando conteúdos inclusivos e disruptivos para atender as principais demandas dos mais diversos públicos.
A mudança se reflete nas ações e processos diários do marketing, um elo entre as mais variadas áreas das empresas para trazer à ponta final um produto ou serviço diferenciado e personalizado. O que começou precisando provar a sua essência, hoje, é o fio condutor para uma gestão colaborativa e para a geração de negócios com propósito.
Os profissionais estão repensando desde prioridades e desafios estratégicos até as soluções tecnológicas que necessitam. Essa visão mais holística para a área a torna, automaticamente, muito mais aberta e inclusiva. Quebrando paradigmas e soltando antigas amarras, é possível construir um caminho muito mais humano para a troca de ideias, para o estímulo à criatividade e para o surgimento de um espaço no qual todos têm voz e são igualmente ouvidos.
A ressignificação do papel do marketing está apoiada nas premissas do open source, também conhecido como código aberto. O conceito que surgiu na tecnologia décadas atrás se expandiu pelo universo corporativo. Pouco a pouco foi sendo incorporado no dia a dia das organizações e ganhando novas roupagens, mas sem nunca perder sua essência de colaboração e transparência.
Atravessamos tempos difíceis para gerar um marketing com significado, inclusivo, representativo e inovador. Com o auxílio das tecnologias, já temos as ferramentas corretas, e com o apoio das pessoas temos o complemento fundamental para uma implementação certeira dessas soluções, gerando conteúdo humanizado e necessário. Cabe ao marketing conectar as pontas, e conduzir o modelo de inovação aberta em todo o seu potencial.
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