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Harvard e Disney: o poder das histórias para marcas icônicas

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Opinião

Harvard e Disney: o poder das histórias para marcas icônicas

Uma das instituições de ensino mais renomadas do mundo e a gigante do entretenimento têm em comum a capacidade inigualável de contar boas histórias e de criar conexões emocionais profundas


24 de setembro de 2024 - 11h00

Na última semana, durante minha participação na feira Inbound, promovida pela HubSpot em Boston, tive duas experiências que, à primeira vista, podem parecer distantes, mas que, quando observadas mais de perto, compartilham um ensinamento crucial para quem deseja construir marcas fortes. Além de absorver as valiosas palestras do evento, como a do Josh D’amaro, chairman da Disney, tive a oportunidade de visitar uma das instituições mais icônicas do mundo: a Universidade de Harvard. E o que essas duas gigantes têm em comum? A capacidade inigualável de contar boas histórias e de criar conexões emocionais profundas.

Na palestra de Josh D’Amaro, ficou claro que o segredo da Disney vai muito além dos parques temáticos e filmes. Desde a fundação, Walt Disney acreditava no poder de inovar e sonhar sem limites. Ele transformou sonhos em realidades tangíveis que hoje conhecemos como o Walt Disney World, um império que gera bilhões e bilhões de dólares anualmente, mas, mais do que isso, constrói memórias afetivas inestimáveis para seus clientes.

D’Amaro enfatizou que as histórias são o fio condutor de toda a experiência Disney. É por meio delas que a empresa cria laços emocionais duradouros com seu público. Cada visita a um parque temático, cada filme assistido são uma nova oportunidade de conectar-se profundamente com os consumidores. A chave está na habilidade de transformar essas histórias em experiências memoráveis e pessoais, algo que todos os profissionais de marketing podem aprender.

Ao visitar Harvard, uma das universidades mais renomadas e antigas do mundo, pude ver que, assim como a Disney, sua força está enraizada em histórias e tradições que se preservam ao longo do tempo. Desde sua fundação em 1636, Harvard se destaca não apenas pelo seu prestígio acadêmico, mas pela forma como seus alunos vivem e perpetuam essas tradições.

Os alunos de Harvard não apenas estudam história, eles vivem essas histórias todos os dias. Eles compartilham orgulhosamente histórias de ex-alunos ilustres, como John F. Kennedy, Barack Obama e Mark Zuckerberg, conectando-se a uma linhagem que ultrapassa gerações. Além disso, as tradições de Harvard, como o grito à meia-noite durante a semana de provas ou o ritual de atravessar o portão principal apenas ao entrar na universidade e no dia da formatura, criam uma experiência emocional e coletiva única.

Esses rituais reforçam a ideia de que Harvard não é apenas uma instituição de ensino, mas uma marca que constrói e perpetua suas histórias. Da mesma forma que a Disney, Harvard cria um senso de pertencimento e memórias que seus alunos levarão para toda a vida.

Seja uma marca de entretenimento como a Disney ou uma instituição acadêmica como Harvard, o que ambas têm em comum é a capacidade de transformar histórias em algo emocionalmente significativo. A Disney faz isso ao criar um mundo de sonhos, enquanto Harvard o faz ao cultivar uma história de tradição e legado. Em ambos os casos, a conexão emocional é o que realmente constrói a força de suas marcas.

Para qualquer empresa ou profissional de marketing, a lição aqui é clara: marcas duradouras não são construídas apenas com base em produtos ou serviços, mas em experiências e histórias que geram conexões emocionais. O segredo está em criar um vínculo profundo e autêntico com seus públicos, transformando a jornada de compra ou de aprendizado em algo pessoal e memorável.

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