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Inovar é simplificar

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Opinião

Inovar é simplificar

Não deixemos que a frenética busca pelo novo nos afaste do que realmente importa para uma marca: facilitar e trazer valor para a vida das pessoas


26 de maio de 2025 - 14h00

Com um senso de urgência cada vez mais feroz, nos deparamos muitas vezes com a necessidade de aderir a novas mídias, tendências e tecnologias mesmo quando o tempo não é suficiente para entender quais delas vão vingar ou, de fato, são relevantes para o negócio. Em meio a essa espécie de “ansiedade coletiva”, se distanciar do motivo pelo qual as inovações são tão valorizadas pelas pessoas, e pelas marcas com as quais trabalhamos, pode virar uma armadilha recorrente, cercada por expressões difíceis e bonitas, mas sem grande utilidade.

Um olhar rápido para as recentes invenções que mudaram os hábitos de consumo nos lembra o que realmente importa: inovar é simplificar. Do aluguel de bicicletas nos grandes centros aos apps que nos conectam com os motoristas mais próximos, simplificamos os desafios da mobilidade urbana. Do aplicativo que reúne os mais diversos restaurantes ao que nos permite frequentar toda e qualquer academia, ampliamos o acesso. Da produção e revisão de textos à geração de imagens por inteligência artificial (IA), aceleramos processos. Parece que quanto mais facilmente aplicável é uma inovação, mais inestimável é o seu valor.

Recentemente, em um evento interno, nosso chief data & technology officer, Cleber Dantas, nos lembrou dessa lição que tantas vezes deixamos esquecida num canto e fez a pergunta que não quer calar: quem tem medo da tecnologia? Eu arriscaria dizer que, em alguma medida, todos nós. Temos medo de quando a IA irá substituir nossos empregos; de as redes sociais, em uma antítese perversa, nos isolarem do contato presencial e nos predestinarem à solidão; de tudo aquilo que o novo traz de imprevisível para as nossas vidas.

É curioso termos de admitir esses temores e vulnerabilidades pessoais quando a lógica mercadológica comprova que antever tendências e se posicionar na vanguarda tecnológica diferencia a oferta de serviços e produtos de uma empresa ou agência. Diante de tantos desafios, como podemos construir uma cultura de dados e tecnologia realmente efetiva para a indústria da comunicação?

Como a ordem é simplificar, Cleber a descreve a partir de quatro pilares claros. O primeiro é o entendimento profundo do consumidor, que nasce quando você tem as ferramentas e as pessoas certas para a captura e a análise apurada dos dados. A partir daí, precisamos construir audiências estratégicas de acordo com a demanda de cada marca e desenvolver a mágica da personalização em escala. É sobre quem recebe o que e quando que se configura a grande virada de chave do nosso mercado hoje, ao lado da inegociável criatividade. Por fim, só podemos nos considerar bem-sucedidos nessa seara se formos capazes de prever e mensurar resultados com a agilidade que cada ação exige.

Em termos de metas, são três as que devem nos guiar: a operacionalização de processos, que nada mais é do que a organização e simplificação de tarefas; o fortalecimento da relação com o cliente e a sustentabilidade financeira de ambos os lados. Se deixarmos de lado a busca incessante por expressões em voga que pouco se relacionam com o mundo real e focarmos no que é, de fato,necessário, vamos chegar mais longe e mais rapidamente. Porque, vale repetir: inovar é simplificar, simplesmente isso.

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