Madonna no Rio de Janeiro: impactos e lições para o marketing
Da estratégia à execução, uma aula sobre como criar e manter um posicionamento
Madonna no Rio de Janeiro: impactos e lições para o marketing
BuscarMadonna no Rio de Janeiro: impactos e lições para o marketing
BuscarDa estratégia à execução, uma aula sobre como criar e manter um posicionamento
Quem aí não ficou sabendo sobre o show da Madonna, na praia de Copacabana (RJ), no último sábado? Da geração do meu pai à das minhas filhas, ouso dizer que a maioria das pessoas no Brasil foi impactada de alguma forma. O mega show que marcou o encerramento da turnê da cantora atraiu um público de aproximadamente 1,6 milhão de pessoas no local, mas o impacto real do evento é muito maior. Os acertos de marketing foram bastante notáveis. A super parceria com marcas e patrocinadores impulsionou a visibilidade, a escolha do local trouxe um apelo internacional e a divulgação estratégica gerou publicidade significativa, posicionando a cidade como palco de grandes eventos globais.
A estonteante performance a céu aberto, que teve um investimento de R$ 10 milhões pelo governo do estado do Rio de Janeiro, movimentou cerca de R$ 293,4 milhões na economia local e gerou um valor publicitário espontâneo de R$ 217,6 milhões.
Na minha visão, aqui estão alguns aprendizados de marketing para considerarmos:
Parcerias Estratégicas: A conquista da marca Heineken foi a ampla exposição e associação positiva, aproveitando o alcance de 1,6 milhão de pessoas presentes e a visibilidade internacional. O patrocínio reforçou a posição da marca como parceira de entretenimento premium, aumentando sua relevância entre os consumidores locais e internacionais que participaram ou acompanharam o evento pela mídia.
Escolha do Local: A praia de Copacabana, um dos cenários mais icônicos do mundo, atraiu uma grande audiência local e turistas do Brasil e do exterior, tornando o evento globalmente relevante e impulsionando a economia do Rio de Janeiro por meio da cobertura midiática, que gerou uma publicidade espontânea valiosa para a cidade e os patrocinadores envolvidos.
Divulgação Internacional: O evento foi anunciado e promovido amplamente, gerando enorme visibilidade na mídia. A natureza gratuita do show também atraiu um público massivo, criando uma atmosfera festiva que incentivou a cobertura espontânea e valorizou o retorno publicitário, reforçando o prestígio do Rio como um destino cultural.
Sinergia com Turismo: Capitalizar o apelo internacional de um evento gratuito com um ícone pop gerou impacto econômico para hotéis, restaurantes e setores de transporte, além de valorizar marcas patrocinadoras que se beneficiaram da enorme exposição. Marcas como Itaú, ganharam visibilidade associando-se a uma experiência que uniu entretenimento e cultura.
Dança e figurino: E não se pode esquecer do destaque por conta do figurino inovador e coreografias cativantes, complementando a atmosfera do espetáculo. Cada roupa foi projetada para transmitir uma mensagem específica, alinhando-se com a narrativa da performance e reforçando o posicionamento da cantora.
Uma lição e tanto de estratégia de marketing. Mas como sempre podemos aprender, o mega evento do Rio nos deixou também um alerta: não podemos esquecer em nenhum momento da sustentabilidade. Não falo aqui de nada mais complexo, como energia, pegada de carbono ou uso de materiais ecologicamente corretos. Mas sim sobre o acúmulo de nada mais, nada menos que 287 toneladas de lixo após o evento. Um número igualmente mega e que nos alerta para a necessidade de implementação de práticas de gestão de resíduos. Estratégias mais robustas podem incluir iniciativas educativas, pontos de coleta adequados e parcerias com empresas de reciclagem. O evento foi, sem dúvida, algo de tirar o fôlego e sobre o qual ainda falaremos por muito mais tempo, mas sempre é bom refletir sobre os acertos e erros para evoluirmos e construirmos cada vez mais estratégias que sejam cada vez mais responsáveis.
Compartilhe
Veja também