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Opinião

Impacto da evolução digital para marcas e varejistas

Metaverso, economia do criador, social commerce; o que tudo isso significará na prática para o varejo


28 de janeiro de 2022 - 15h00

Marcas e consumidores devem estar preparados e se antecipar ao que devem ser as próximas grandes mudanças estruturais no mercado (Crédito: Shutterstock)

É inegável que a evolução digital nos últimos dois anos foi sem precedentes em nossa história recente. As bases desse segmento da economia estavam postas e a pandemia acelerou e solidificou os novos comportamentos dos consumidores.

O ano de 2022 não será diferente, desta maneira, tanto marcas quanto consumidores devem estar preparados e se antecipar ao que devem ser as próximas grandes mudanças estruturais no mercado como o metaverso, a ascensão da economia do criador, e o peso cada vez maior dos influenciadores e do social commerce.

Neste breve artigo vamos explorar cada um desses pontos de maneira geral para termos uma visão do que nos espera ao longo deste ano. O cenário atual trará bastante desafios para o varejo, mas também grandes oportunidades para que eles possam se consolidar perante seus consumidores nas iniciativas do metaverso, assim como ampliar seu canal de comunicação e vendas através de influenciadores e social commerce. 

Metaverso: marcas e consumidores

Tanto marcas quanto varejistas ainda têm muitas dúvidas sobre como o metaverso irá ocupar o espaço do ambiente digital e, principalmente, qual será seu impacto no e-commerce, que é um negócio puramente online.

Antes de mais nada é necessário destacar que, apesar de toda a excitação causada pelo anúncio do Mark Zukerberg no final do ano passado e a potencial mudança que ele irá causar na internet como conhecemos, ainda estamos longe de termos um metaverso consolidado. Como toda a tecnologia emergente, ainda não há um consenso sobre o que de fato é o metaverso, assim como não há um ambiente único que concentra todas as suas iniciativas.

A princípio, o que entende-se que é a união de diversas inovações como realidade virtual, realidade aumentada, NTFs ou “Non-fungible Token”, blockchain, criptomoedas, e social commerce, entre outras que geram, em tempo real, uma rede em constante expansão, espaços virtuais em 3D que funcionam não somente como um canal de comunicação e vendas, mas também como uma nova economia com seu mercado próprio.

É importante ter em mente que este novo ambiente não é um espaço para as marcas puramente replicaram o que fazem no mundo físico e nem mesmo o que fazem na internet atualmente, mas sim, irem além para endereçar as novas necessidades e pontos de dor que são únicas desse novo espaço.

Os consumidores, que devem passar cada vez mais tempo conectados, e já tomam decisões baseados em sua persona digital, ficarão cada vez mais preocupados com a construção de sua representação neste ambiente e, deverão exigir cada vez mais das marcas que os produtos comprados no mundo real venham com os NFTs referentes aos bens adquiridos para serem usados no metaverso, removendo as barreiras entre o físico e o digital de forma cada vez mais consistente.

Neste sentido, as marcas devem olhar para as formas como os consumidores estão se relacionando nesse novo ambiente e criar estratégias de comunicação únicas e ações direcionadas como lançar coleções especiais e promoções neste novo universo. Empresas como a Microsoft, Disney, Nvidia, Epic Games, Magic Leap e Nike afirmaram já estar investindo na tecnologia e a rede varejista de moda sueca H&M recentemente anunciou o lançamento de sua loja virtual no Metaverso.

Economia do criador

Sem sombra de dúvidas, a palavra mais comentada no ambiente digital no ano de 2021 foi NTFs, um certificado digital, estabelecido via blockchain, que define a originalidade e a exclusividade de qualquer ativo digital, desde peças de roupa virtuais passando por obras de arte e até mesmo os famosos memes.

Os NTFs são uma inovação tecnológica complexa que garantem a autenticidade dos bens digitais, formando um dos pilares chaves do metaverso, sendo que as marcas e os varejistas podem fazer uso deles para facilitar suas transações, criar novos bens digitais e aumentar sua proposta de valor. Mas o que é realmente entusiasmante são as perspectivas da nascente “economia do criador”, um termo abrangente que descreve esse novo ecossistema tecnológico e a infraestrutura em crescimento que está permitindo que criadores de conteúdo individuais como artistas, construtores e desenvolvedores monetizem através da venda de seus ativos através desse ambiente digital. 

Segundo recente pesquisa realizada pela SignalFire, existem cerca de 50 milhões de produtores ativos de conteúdo no mundo, sendo que destes, apenas pouco mais de 2 milhões são profissionais e os demais ainda são amadores. E a forma como a nova economia está se organizando poderá permitir que ainda mais pessoas possam se beneficiar deste ecossistema.

Para que os criadores de conteúdo possam transformar suas obras de arte e conteúdo em NFTs, eles deverão montar, termo associado ao processo de criação de uma NTF através de uma plataforma que permita a averiguação e certificação em metas diferentes, para que os futuros proprietários possam transitar com seus ativos, juntamente com sua identidade digital. Essas ferramentas que permitem montar NTFs também poderão funcionar como marketplaces de NFT’s, um lugar onde qualquer produto ou obra de arte poderá ser oferecido aos consumidores diretamente por seus construtores e desenvolvedores, além das demais plataformas como Youtube, Instagram, TikTok Twitter, onde estes influenciadores já divulgam o seu trabalho.

Influenciadores e Social Commerce

Outra tendência que está ganhando força é a divulgação das marcas e o comércio eletrônico centrado nas mídias sociais. A capacidade de anunciar e comprar produtos diretamente de influenciadores está se tornando mais comum nas principais plataformas sociais, e as marcas estão criando mais produtos para apoiar os influenciadores em seus esforços de marketing. Em 2026, o Gartner estima que 60% dos consumidores da geração Y e geração Z irão preferir fazer compras em plataformas sociais em vez de plataformas de comércio digital tradicionais.

Por um lado, os consumidores sabem que o conteúdo produzido pelos influenciadores nas redes sociais é mais autêntico, pois eles sabem que o conteúdo foi gerado por uma pessoa real. Porém para as marcas e varejistas, que não têm conexões diretas com o talento do influenciador ou equipes internas tal, o trabalho de encontrar e selecionar o conteúdo criado por influenciadores nas redes sociais que estejam alinhados ao seu posicionamento e criar campanhas para engajar e vender através deste canal é o grande desafio. 

Neste sentido, para apoiar as empresas existem agências especializadas em identificar influenciadores de alto desempenho para alcançar grupos demográficos de público específicos, negociar contratos de influenciadores, manter comunicação consistente com influenciadores, lançar várias campanhas em vários canais e conduzir análises pós-campanha em profundidade, bem como avaliações de ROI.

*Crédito da imagem do topo: Shutterstock

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