Olimpíadas de Paris: O espetáculo cultural da cerimônia de abertura
Evento deixou uma régua alta para Los Angeles 2028 e uniu em medidas praticamente iguais entretenimento e cultura
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Os Jogos Olímpicos de 2024 começaram a todo vapor. E a comoção causada pelo início de um dos maiores eventos esportivos do mundo atingiu não somente os amantes do assunto, como também aqueles que ainda estão se inserindo nesse vasto universo. Estou em Paris para acompanhar meu irmão que compete em adestramento (João Victor Oliva), e quero destacar um pouco da visão como empresário do entretenimento, em relação à abertura dos jogos.
O grande investimento em tornar a cerimônia em um espetáculo que explorou toda a cultura da famosa Cidade Luz, mostra uma tendência crescente no mercado, na qual a experiência apenas é completa quanto insere o espectador no momento, pois ele precisa fazer parte do show. As apresentações não ficam mais a cargo somente dos artistas presentes ou dos atletas. O todo conta a história e coloca o público dentro dela.
A principal estratégia foi criar uma narrativa que explorasse a história da França, tendo como protagonistas os pontos turísticos de Paris. Já de cara, a cerimônia se mostrou inovadora ao ser a primeira que não aconteceu dentro de um estádio, sendo a grande e principal passarela de apresentação dos atletas, o Rio Sena, um dos principais cartões postais da cidade, que passou por um processo de despoluição para receber não apenas o evento, como também modalidades de nado durante a competição.
E é aqui que vemos como o espetáculo se tornou, de fato, uma experiência que uniu o entretenimento e a cultura numa proporção quase que igual. Mesmo quem não esteve presente fisicamente em Paris, pôde sentir um pouco da emoção do evento, que impacta as cerimônias que acontecerão nos próximos anos, assim como o mercado do entretenimento, que segue buscando novas alternativas para promover conexões genuínas com seus públicos e que não se limitem a situações pontuais.
A abertura foi responsável, e diga-se passagem muito bem, por criar momentos únicos que estão eternizados em sua história. E esse objetivo deu muito certo, já que a pira olímpica sobrevoou a cidade em formato de um balão, que é uma ação nunca vista antes, que trouxe a visão aérea de Paris, criando toda uma atmosfera que uniu os pontos turísticos usados dentro do circuito apresentado.
Paris deixou uma régua alta para Los Angeles, que sedia os jogos em 2028, tanto por ter utilizado muito bem essas intervenções que funcionam para o digital, criando diferentes conversas no Instagram e X, mas também pelo fato de o encerramento ter sido feito por Celine Dion no topo da Torre Eiffel, que mostrou como a escolha da pessoa certa transforma tudo que é entregue e oferecido ao público. Apesar das interferências climáticas, que acabaram impactando a experiência do público, o show conseguiu entregar momentos icônicos que sempre serão lembrados.
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