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Gigante e popular, indústria de games tem imenso campo para crescer no vácuo do 5G, impulsionar jogos via streaming, modelos por assinaturas e vida em ambientes virtuais


21 de fevereiro de 2022 - 9h18

(Crédito: Shutterstock)

O ano está apenas começando: percorremos somente 50 dos 365 dias do calendário. Por isso mesmo, impressiona que três dos dez maiores negócios da história da indústria de videogames tenham sido fechados neste ainda incipiente 2022. Em meados de janeiro, a Microsoft pulou para o primeiro lugar desse ranking de aquisições ao anunciar o investimento de US$ 68,7 bilhões na compra da Activision Blizzard, trazendo para si os cerca de 400 milhões de jogadores ativos mensais da empresa espalhados por 190 países. Com isso, realizou a maior transação já feita no mercado de tecnologia e superou com folga os US$ 12,7 bilhões desembolsados uma semana antes pela Take Two Interactive para a compra da companhia de jogos mobile Zynga. Ainda antes de janeiro acabar, a Sony anunciou a aquisição da desenvolvedora Bungie, por US$ 3,6 bilhões — curiosamente, a Bungie já pertenceu à Microsoft, entre 2000 e 2007.

As investidas retratam a feroz disputa pelo domínio do segmento mais rentável da indústria do entretenimento. Com movimento estimado em US$ 175,8 biPortal do metaverso Gigante e popular, indústria de games tem imenso campo para crescer no vácuo do 5G, impulsionar jogos via streaming, modelos por assinaturas e vida em ambientes virtuais lhões em 2021, pelo estudo Global Games Market Report, produzido pela Newzoo, os games superam a soma de arrecadação da indústria fonográfica (US$ 21,6 bilhões em 2020, segundo a IFPI) e do cinema (US$ 40 bilhões em 2019, de acordo com a ComScore). Apesar de já ser gigante e popular, o mercado gamer tem diante de si um imenso campo para crescimento, quando novas tecnologias se popularizarem. 

Especialmente a rede 5G, o aumento da capacidade de processamento em nuvem e a maior proliferação de games no formato de streaming — três caminhos que andam lado a lado e se cruzam em diversos momentos. Assim como há confluência também no uso de diferentes devices, com games para smartphones, computadores e consoles apontando para um futuro multiplataforma fluido capaz de atender ao consumidor multitarefa e multitela. A corrida bilionária na indústria de games inclui guerra por conteúdo exclusivo, ferrenha disputa por captação de talentos e busca de sedimentação do modelo de jogos por assinaturas, que, juntas, posicionam o setor como porta de entrada mais factível de popularização para o metaverso. 

De fato, não é de hoje que os desenvolvedores de games são profissionais habituados a ambientes virtuais tridimensionais. Jogos como o Fortnite são constantemente citados como experiência que exemplifica o que poderá ser o metaverso, com a pretensão de que no futuro o conceito não esteja atrelado a uma tela de jogo e seja ampliado para a conexão a um ambiente digital que possibilite outras formas de entretenimento compartilhado e trabalho remoto. Além disso, desde as bancadas de fliperama, a indústria de games vive da união entre tecnologia e criatividade em prol da experiência do usuário. Essa combinação continua, até hoje, sendo a base da fidelização do público, fundamental para suportar o avanço nas modalidades de assinatura de serviços de streaming de jogos, apontadas com potencial de se tornarem dominantes nesse mercado. É um campo fértil para uma enorme cadeia de profissionais, que vai desde os desenvolvedores de jogos até os gamers amadores e times profissionais, e envolvem nesse caminho parte significativa da indústria de comunicação, na qual há desde influenciadores até agências especializadas no assunto. 

Ainda tateando no ambiente dos games, em vista ao potencial que podem explorar nesse campo, as marcas e a publicidade carecem de melhor entendimento para se jogarem e buscarem gerar ações e negócios mais significativos. Por esse motivo, Meio & Mensagem vem acompanhando esse universo de perto, em projetos especiais ou reportagens como a publicada nas páginas 18 a 21. Desta vez, a repórter Amanda Schnaider, nossa craque em games, ouviu especialistas que analisam os impactos das recentes aquisições na concorrência entre as gigantes do setor, na incessante busca por conteúdo e na primazia por abrir as portas do metaverso.

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