Accenture: 60% acreditam que sustentabilidade confronta crescimento

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Accenture: 60% acreditam que sustentabilidade confronta crescimento

A "Accelerating Sustainable Transformation: Breaking the Myth to Generate More Value" consultou mais 200 lideranças durante o Fórum Mundial em Davos em 2023

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13 de março de 2024 - 12h22

Cerca de 70% dos entrevistados acreditam que novas atitudes precisam ser tomadas em frente à crise do meio ambiente, com ideias novas e criativas para contornar esses dilemas (Crédito: Adobe Stock)

Nos últimos anos, as mudanças climáticas estiveram na pauta tanto dos executivos quanto nas conversas e mídia.

Nessa tentativa de registrar o cenário de mudança, a Accenture realizou, no final do ano passado, estudo com 280 lideranças que estiveram no Fórum Econômico Mundial.

Sustentabilidade como gatilho

A “Accelerating Sustainable Transformation: Breaking the Myth to Generate More Value” usou métodos de resposta rápida.

Assim, isso limitava o tempo de resposta propositalmente para que gerasse gatilho nos executivos.

Portanto, cerca de 70% dos entrevistados acreditam que são necessárias novas atitudes frente à crise do meio ambiente, com ideias novas e criativas para contornar esses dilemas.

Apesar disso, o diretor-executivo de sustentabilidade na Accenture na América Latina, Felipe Bottini, afirma: “Não é uma surpresa nem é revelador quando uma série de executivos declaram que a sustentabilidade conflita com a rota de curto prazo.”

Dilemas da economia sustentável

Nos dilemas da economia sustentável, Bottini comenta que os executivos não são treinados corporativamente para prejudicar os próprios negócios, no curto prazo, em favorecimento da coletividade.

“Não é banal vermos muitos movimentos que dizem ‘ESG não é para mim'”, afirma.

Dessa forma, dentre os impasses da transição enérgica, estão a mudança dos sistemas tradicionais das empresas que, historicamente, geraram receita, em contraposição a eventual negócio sustentável que ainda é incerto.

Confronto com crescimento

Em estudos preliminares, com quase 15 mil executivos sondados, 60% declararam que a sustentabilidade confronta o crescimento da empresa.

Assim, para Bottini, esse entendimento conflitante demonstra interpretação errônea do que podem ser medidas ecológicas nas empresas.

É na hora da busca pelo lucro que todo mundo multiplica o prejuízo e a conta fica ruim. O comportamento individual nos leva a situação crítica. Mas, para resolver isso, precisamos de regulação”, explica.

Como a tecnologia pode favorecer a sustentabilidade?

No estudo, as lideranças decidiram quais tecnologias poderiam contribuir para acelerar a transformação ecológica.

Ainda, dentre os temas, estão a computação em nuvem, a análise de dados e as tecnologias imersivas em comunidades locais que podem favorecer esse processo.

Dessa forma, para Bottini, a inteligência artificial generativa (GenAI) tem potencial para propor transformação nesse segmento.

Forma milagrosa

“Mas, é a forma milagrosa que muitos esperavam para salvar o mundo”, diz.

“Mas lembremos que nem sempre a humanidade fez bom uso da tecnologia que criou”, complementa.

Assim, o especialista também ressalta que os bancos foram algumas das empresas que passaram a estar mais presentes em conferências ambientais.

E exemplifica que, na medida em que os modelos preditivos usados em seguros se afetam pelo clima, as entidades passaram a perder receita.

Portanto, diz: “Já interferimos no clima da Terra para os próximos mil anos como resultado do que fizemos até agora. Não há mais tempo de só mitigar, precisamos nos adaptar.”

Porém, aponta, é nesse momento os CEOs entram no jogo porque os esforços regulatórios e da sociedade farão com que as empresas mudem, quer queiram ou não.

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