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SXSW

Missão e imaginação: ferramentas para criarmos futuros desejáveis

Ao invés de sucumbirmos ao medo e à angústia, podemos adotar uma mentalidade de abundância, usando todo o ferramental disponível para superarmos os obstáculos e transformarmos as nossas visões em realidade


11 de março de 2024 - 15h37

Ontem, eu vi uma palestra do Edu Lyra, da ONG Gerando Falcões, e no meio de tanta conversa sobre tecnologia e inovação, um ponto me pegou.

Na visão de Edu se você não ama muito aquilo que você levanta todo dia para fazer, em algum momento da sua vida essas atividades viram tortura. As pessoas tendem a confundir missão com metas, mas são completamente diferentes. Uma meta gera engajamento, principalmente, quando está atrelada a algum benefício financeiro. Já a missão gera compromisso. Você não entra numa missão por dinheiro ou fama, entra porque acredita que aquilo precisa ser feito e você dá tudo que tem, pois falhar em uma missão gera uma dor que você não quer sentir.

Este compromisso com o resultado leva o ser humano a conhecer pessoas que estão na mesma missão e a montar um time realmente apaixonado. E isso é muito importante porque é natural que as dificuldades da vida façam você pensar em desistir e esse time apaixonado não deixará.

Outro ponto interessante foi a ideia de ficção social. Qual o papel da ficção científica nas nossas vidas? Inspirar nossa imaginação. Trazer para perto uma realidade distante. Ela pode influenciar a forma como percebemos o mundo. E se a gente usasse o mesmo princípio para imaginar um mundo sem pobreza? Nessa ficção social existiria um lugar em que a pobreza só é conhecida no museu.

Por que não imaginamos isso? O que nos impede? Nas palestras sobre futurismo o clima é de medo e angústia. É aquela sensação geral de “para o mundo que eu quero descer”.

Portanto, ao refletir sobre as palavras inspiradoras do Edu e sobre o papel da ficção científica e social em nossas vidas, é evidente que tanto a paixão por uma missão quanto a capacidade de imaginar um futuro melhor são elementos essenciais para impulsionarmos as mudanças positivas na sociedade.

Ao invés de sucumbirmos ao medo e à angústia, podemos optar por adotar uma mentalidade de abundância, aproveitando as ferramentas disponíveis para superarmos os obstáculos e transformarmos as nossas visões em realidade.

Somente ao reconhecermos nossa responsabilidade coletiva na criação e na solução dos problemas, como a pobreza, poderemos verdadeiramente avançar em direção a um mundo mais justo e próspero

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