SXSW
O que o SXSW mostrou sobre o comportamento humano?
Solidão e resolução de conflitos estiveram entre os destaques do festival; confira a cobertura
Solidão e resolução de conflitos estiveram entre os destaques do festival; confira a cobertura
Taís Farias
15 de março de 2024 - 6h00
Marca registrada do South by Southwest, o olhar para o comportamento humano ganhou fôlego extra em 2024. No ano passado, o festival aconteceu apenas poucos meses depois do lançamento do ChatGPT e a inteligência artificial protagonizou as conversas. De lá para cá, a tecnologia avançou em ritmo exponencial e a insegurança a respeito dela também.
Em seu já tradicional painel no SXSW, Amy Webb afirmou que os executivos estariam agindo e respondendo à IA em Fud, um acrônimo para medo, incerteza e dúvida, em inglês. Em paralelo, a pandemia da Covid-19 e avanço de relações mediadas pela tecnologia estariam criando um distanciamento social e uma “epidemia da solidão”.
É nesse cenário e, com a IA se aproximando de características e capacidades biológicas, que uma série de especialistas e pensadores passaram pelo SXSW 2024 defendendo a discutindo a essência humana. Confira os destaques:
Professora de psicologia da Yale University, Laurie Santos sublinhou que a felicidade é essencial para o bem-estar pessoal, mas também estratégica para empresas, pois aumenta a produtividade dos colaboradores e o lucro das companhias. Leia aqui.
Especialista em trabalho e autora da Harvard Business Review, Amy Gallo, defendeu a resolução de conflitos para criar ambientes saudáveis e eficientes. A negação dos conflitos no trabalho, por sua vez, criaria o que Gallo define como “harmonia artificial”, em que o time mantém uma fachada de boa convivência, mas alimenta tensões, ressentimento e opiniões não ditas. Leia aqui.
“A palavra resiliência se tornou tão onipresente que perdeu o significado. Será que sabemos do que estamos falando?”, questionou Simran Jeet Singh, diretor do Aspen Institute e autor de best-sellers. Ele oferece uma visão sobre como reagir a ofensas e confrontos no dia a dia, com curiosidade, coragem e conexão. Leia aqui.
Chief purpose officer da Calm, Jay Shetty, e o autor do best-seller O Poder do Hábito, Charles Duhigg, apresentaram seus antídotos ao distanciamento social. Enquanto Shetty questiona por que nos sentimos sozinhos mesmo quando estamos com aqueles que amamos, Duhigg quer mostrar como a comunicação pode ser a chave para a conexão. Leia aqui.
A epidemia da solidão também foi objeto do CEO da Daybreaker, Radha Agrawal, e do painel “The Paradox of Loneliness and Technology”. Os executivos atribuíram o crescente isolamento social às instituições, competitividade, economia e tecnologia. Leia aqui.
“Tendemos a pensar que o conflito é algo negativo, mas faz parte da nossa natureza. E a saída central costuma ter três caminhos: entender, abraçar e transformar, principalmente por meio da criatividade e da colaboração”, afirmou o autor e antropólogo William Ury. Em seu painel, ele abordou como lidar com os conflitos, começando pelos internos. Leia aqui.
Pela primeira vez juntas no Festival, as veteranas Brené Brown e Esther Perel abordaram como o distanciamento e a ascensão de relações mediadas pela tecnologia podem funcionar como uma barreira para a vulnerabilidade e a autenticidade nas interações humanas. Leia aqui.
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