SXSW
Saudades do horário de verão?
Na vibrante cidade de Austin, o horário de verão traz consigo não apenas dias mais longos, mas uma oportunidade para explorar novas ideias e conexões no cenário educacional
Na vibrante cidade de Austin, o horário de verão traz consigo não apenas dias mais longos, mas uma oportunidade para explorar novas ideias e conexões no cenário educacional
12 de março de 2024 - 14h27
Em um ritmo totalmente acelerado e típico de SXSW, as noites tornam-se mais curtas, mas quem precisa de sono quando está tendo o melhor momento de todos, conhecendo pessoas novas, ficando em filas interessantes e recebendo uma dose incomensurável de inspiração de algumas das mentes mais brilhantes?
A ordem do dia por aqui é estar presente. Um lembrete de que cada momento é precioso —conceito que Amy Webb, a visionária fundadora e CEO do Future Today Institute, não só compreende, como também enfatiza. No universo educacional, onde moldamos as mentes do amanhã, esse entendimento do valor do tempo é fundamental.
É a experiência vivida que proporciona o aprendizado mais rico. Tal como Webb destaca, estar presente, seja em uma palestra envolvente ou em um encontro casual que pode abrir portas para novos horizontes, é onde o verdadeiro aprendizado e a conexão ocorrem. Isso é o que tentamos aconselhar aos jovens: a ideia de JOMO (Joy of Missing Out), em que a qualidade da experiência supera a quantidade.
Assim como em eventos estimulantes onde a Paramount, Amazon, Porsche e Audible se tornam mais do que marcas e passam a ser experiências imersivas, no setor educacional, esforçamo-nos para criar ambientes onde os alunos se sintam parte de algo maior. Eles não são apenas estudantes, são exploradores, cientistas, artistas e pensadores críticos, que vivenciam e experimentam o aprendizado de maneiras que os transformam.
Refletindo sobre a palestra de Webb, somos lembrados de que a educação não é estática. Instituições educacionais celebram a sua capacidade de adaptar suas práticas pedagógicas e currículo para atender às necessidades emergentes de seus alunos.
Webb fala sobre como a tecnologia se entrelaça com todos os aspectos da sociedade, uma mensagem que ecoa nos corredores da educação. A ética e responsabilidade na integração da IA em nossa didática são tão cruciais quanto na sociedade em geral.
Um exemplo intrigante e preocupante sobre o potencial uso negativo da inteligência artificial (IA) é a geração de um evento falso, completo, com ativos de mídia falsificados – como vídeos, posts em redes sociais, comunicados de governo e artigos de jornal – dando a impressão de que um ataque ocorreu na região de Gaza.
Esse cenário hipotético destaca a capacidade da IA de criar “deepfakes” e outros tipos de desinformação, que podem ser indistinguíveis da realidade para os observadores desavisados. A consequência potencial é a desestabilização, onde um evento falso poderia desencadear reações reais, levando a conflitos e tensões geopolíticas.
A maneira como Webb alerta sobre a potencial criação de informações falsas pela IA nos faz refletir sobre a importância de ensinar nossos alunos a serem consumidores críticos de informação, preparando-os para discernir entre o que é real e o que é fabricado.
O futuro que Webb vislumbra é um que nós, no setor educacional, já estamos moldando: ético, consciente e responsável. E a chamada à ação que ela faz ressoa com nosso próprio compromisso de não só acompanhar, mas liderar a jornada em direção a um futuro em que a tecnologia e a humanidade avançam lado a lado.
No final, o horário de verão não é apenas sobre perder uma hora de sono; é sobre ganhar inúmeras horas de inspiração, aprendizado e crescimento tanto pelos alunos, quanto por nós, educadores e líderes no campo da educação.
Compartilhe
Veja também
IA: impactos nas eleições e desafios da falta de regulamentação
Painelistas discutem influência da inteligência artificial nas urnas e criticam falta de regulamentação sobre privacidade e IA nos Estados Unidos
Qual será o futuro da creator economy?
Painelistas discutem os principais problemas da economia dos criadores e como as plataformas e marcas podem ajudar a resolvê-los para promover a sustentabilidade do setor