A solidão da mulher independente que vive a geração sanduíche

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Opinião

A solidão da mulher independente que vive a geração sanduíche

Desafiando estereótipos e celebrando a coragem feminina


15 de junho de 2023 - 8h24

(Crédito: Overearth/Shutterstock)

No universo feminino, a mulher independente é um símbolo de força, resiliência e determinação. Ela desafia os estereótipos de gênero, busca sua própria identidade e trilha seu caminho com coragem. A música “I am Woman” de Emy Mely, que se tornou trending topics no TikTok, diz o seguinte em tradução livre: “Eu sou mulher, sou destemida. Eu sou sexy, sou divina. Sou imbatível, sou criativa. Querido, você pode entrar na fila”. Aqui, a autora expressa a confiança e a autoafirmação da mulher independente. No entanto, por trás dessa bravura, há momentos em que ela se depara com a solidão, que chega acompanhada de sobrecarga, exaustão física e mental, bem como uma lista interminável de tarefas.

Dias desses li sobre o fenômeno social chamado de “geração sanduíche”, usado para descrever uma geração de pessoas que estão no meio de suas vidas adultas e enfrentam o desafio de cuidar simultaneamente de seus filhos ou filhas, bem como de seus pais idosos. Essa geração está “no meio do sanduíche” entre duas gerações que precisam de apoio e cuidado, daí o termo “sanduíche”. Essa situação pode criar uma pressão significativa, pois ela enfrenta demandas e responsabilidades em ambas as direções. Somado aos desafios profissionais e cuidados com o lar, a conta não para de crescer.

Assim como a frase de “Mulheres que correm com os lobos” (livro que está sempre na minha cabeceira), “a mulher independente é uma verdadeira protagonista de sua própria história”. Ela enfrenta obstáculos, supera expectativas e se recusa a se limitar. Sua coragem inspira outras mulheres a abraçarem sua independência e desafiarem os padrões impostos pela sociedade. 

Não escrevo essa coluna como um sinal de fraqueza, mas sim como um aspecto de empoderamento da minha própria jornada, que em diversos desafios soa solitária, mas também tem sido repleta de solitude, reconexão constante comigo e busca focada no meu propósito. Nesse processo, tenho tido a oportunidade não só de me descobrir mais e mais, abraçar minha individualidade e desenvolver um amor próprio inabalável, mas também de me conectar com outras mulheres que encaram desafios e vivem com alegria e coragem, sendo protagonistas de suas próprias vidas.

Escolhemos não nos limitar, e isso não é nada romântico. Por isso, a coluna deste mês é para celebrar a mulher independente que abre caminho para um futuro mais inclusivo e diversificado, onde todas as mulheres e pessoas são livres para serem quem são. Eu honro e saúdo a existência de mulheres assim. Avante! 

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