Empreendedoras ampliam uso de IA para impulsionar negócios
Brasileiras lideram uso de assistentes virtuais e IA generativa, segundo pesquisa do Sebrae

(Crédito: Unsplash)
A inteligência artificial está mudando a rotina de muitas empreendedoras brasileiras. É o que mostra a pesquisa “Transformação Digital nos Pequenos Negócios 2025”, do Sebrae, que revelou uma participação expressiva de mulheres no uso da tecnologia.
De acordo com o estudo, 44% dos empreendedores entrevistados, entre homens e mulheres, dizem já ter utilizado algum tipo de IA. Mas, ao detalhar o uso de plataformas específicas, os dados ganham força entre o público feminino e revelam o protagonismo das mulheres em diversas frentes. Os aplicativos que otimizam fotos, por exemplo, são usados por 60% das empreendedoras, contra 48% dos empreendedores. Já ferramentas de textos gerados por IA, como ChatGPT e Gemini, são adotadas por 57% das mulheres e 47% dos homens.
As mulheres brasileiras à frente de negócios também dominam os assistentes virtuais (61%, contra 53% dos homens) e programas de reconhecimento facial (79%, frente a 75% dos empreendedores).
Esse movimento reflete, além de uma familiaridade crescente com o universo digital, um olhar apurado para soluções que otimizam a comunicação, melhoram a apresentação dos produtos e fortalecem o relacionamento com clientes, áreas em que as mulheres, historicamente, se destacam por sua capacidade de conexão.
Escolaridade, faixa etária e IA
A pesquisa mostra que a adoção da IA também está ligada a outros fatores como escolaridade, idade e porte da empresa. Empreendedores com ensino superior (60%) e pós-graduação (75%) lideram o uso das ferramentas. O mesmo ocorre entre os mais jovens: 56% dos empresários com até 34 anos afirmam usar a tecnologia, índice que cai para 38% entre quem tem 65 anos ou mais.
Entre os recursos mais utilizados pelos empreendedores em geral estão GPS (presente em 8 a cada 10 negócios), programas de reconhecimento facial (77%), assistentes virtuais (56%) e aplicativos para melhorar a qualidade de imagens (52%). Também aparecem no radar ferramentas como chatbots no WhatsApp (41%), IA generativa de imagem (44%) e dispositivos inteligentes para controle de ambiente (22%).