Mídia e entretenimento: gastos de US$ 1,3 trilhão

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Mídia e entretenimento: gastos de US$ 1,3 trilhão

Consumo desses segmentos deve chegar a US$ 2,1 trilhões em 2016, liderado pela expansão digital


12 de junho de 2012 - 3h30

O gasto global com serviços de mídia e entretenimento foi de US$ 1,6 trilhão no ano passado e deve chegar a US$ 2,1 trilhões até 2016, segundo o Global Media and Entertainment Outlook, realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC). Esse crescimento será sustentado sobretudo pelo crescimento da distribuição digital em oposição à distribuição física de mídia e entretenimento. O relatório da PwC aponta que os gastos desses setores no meio digital serão responsáveis por 67% do total nos próximos cinco anos. Os dados foram divulgados pelo site TechCrunch, da AOL.

Se a distribuição digital significa mais eficiência e menos gastos com entretenimento e mídia, a tendência de digitalização da distribuição ajudará alguns setores como o de música, que será puxado pelas compras digitais, e que crescerá em 2013, depois de anos em queda. Segundo o estudo da PwC, um terço de todos os gastos com música em 2011 foram de meios digitais, os quais ultrapassarão os meios físicos (sobretudo o CD) em 2015. Assim como os gastos com anúncios digitais para revistas de consumidores finais também ultrapassarão as despesas com anúncios impressos para esse setor.

O digital também continuará outros formatos antigos: os serviços de streaming de vídeo e over the top (OTT) responderão por gastos de UUS$ 11 bilhões em 2016 e ultrapassarão os gastos com TV por assinatura já este ano. A PwC registra ainda outros pontos: a circulação digital paga de revistas responderá por 6,5% da circulação total em 2016. Quanto aos livros, as publicações em papel cairão 11% enquanto o gasto com e-books aumentará 30,3% e chegará a US$ 20,8 bilhões em 2016, ou 18% do total desse segmento. Os EUA responderão por 61% de todo o gasto global com e-books.

Em relação apenas aos gastos gerados por consumo – de mídia e entretenimento – a conta chegará perto de US$ 1 trilhão em 2016 (serão US$ 966 bilhões). Os vídeos games serão o segmento com o mais rápido crescimento em gastos para o consumidor final nos próximos cinco anos, seguidos pelas assinaturas de TV paga. Serviços analógicos como revistas impressas entram em declínio. Em termos de infraestrutura, os gastos com acessos à internet (fixos e móveis) crescerão para US$ 493 bilhões em 2016, ante os US$ 317 bilhões gastos no ano passado. O acesso móvel, que já responde por 40% de todos os acessos de internet, chegará a 46$ em 2016. No mundo, são 1,2 bilhão de pessoas que acessam a internet por meios móveis e serão 2,9 bilhões até 2016. Na Índia, os acessos móveis serão de 50%.

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A publicidade continua a crescer, mas em curva menor do que o registrado em 2007 e até mesmo em 2010. No ano passado, os gastos com publicidade cresceram 3,6%, ante os 7% de 2010, impulsionados principalmente pela Copa do Mundo e pelos Jogos de Inverno. Impacto semelhante devem ter os Jogos Olímpicos de Londres este ano. O gasto publicitário em 2011 foi de US$ 486 bilhões e deve chegar a US$ 661 bilhões em 2016. O crescimento da publicidade digital continuará a se sobrepor aos formatos tradicionais. Até 2016, a publicidade online crescerá a uma taxa média de 16%, com os anúncios de vídeo game com expansão de 11,2% ante apenas os 6,6% de publicidade na TV, de 3,8% no rádio e de 3,5% no segmento impresso. A publicidade móvel deverá chegar aos US$ 24,5 bilhões em 2016 (US$ 5,2 bilhões este ano).

O Brasil, cuja taxa de crescimento médio em entretenimento e mídia está calculada em 10,6% até 2016, deverá ultrapassar o Canadá e a Itália (passou a Coreia do Sul no ano passado) e se tornará o sétimo maior mercado no setor.

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