Brain swap: por que eu não vou perder uma palestra que não é pra mim?
Quero sair de lá armado com novos argumentos na nossa batalha diária contra os manifestos batidos, as campanhas sem alma e o uso raso de celebridades
Brain swap: por que eu não vou perder uma palestra que não é pra mim?
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10 de junho de 2016 - 8h00
Sorry Gwyneth, sorry Iggy Pop, mal aí Iñárritu. A palestra mais esperada por mim em Cannes não vai ser monitorada pelo TMZ. Vou lá pra ouvir um cara chamado James Hurman (terça, de 13h a 13:45h). Ele é autor do livro The Case for Creativity e vai mostrar os dados mais recentes de um levantamento que ele faz para apontar o valor da criatividade nos negócios. Tipo, o trampo do cara é provar por A + B que campanhas criativas são mais eficazes para girar os ponteiros das marcas, vender. E ele faz isso estudando a performance de negócio de campanhas premiadas, comparando com as outras e mostrando a conclusões em slides feiosos e racionais que espantariam qualquer criativo do auditório.
Mas não a mim.
Sabe por que vou ficar até o fim? Porque eu quero sair de lá armado com novos argumentos na nossa batalha diária contra os manifestos batidos, as campanhas sem alma e o uso raso de celebridades. Com argumentos pró-criatividade que enderecem as metas e necessidades dos clientes, na linguagem deles, sem achismos. Eu realmente acredito que está aí a chave pra começarmos a resgatar a nossa relevância como indústria.
Pois num setor que vem batendo cabeça nos últimos anos para provar seu valor, que perde espaço para processos automatizados e repetitivos, dar um passinho pra trás e voltar a enxergar a criatividade como um diferencial de negócios me parece ser uma bela saída. Tanto pra gente como pra quem paga a conta.
Então é isso, terça, 21, é dia de cobrir o cérebro criativo com o chapéu do cliente. E torcer pra turma do cérebro de cliente sair de lá com um chapeuzinho bem do criativo.
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