Creators e marcas: relação em fase de amadurecimento

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Creators e marcas: relação em fase de amadurecimento

Juliana Cury (Burger King), Rafaela Pinah (Coolhunter Favela) e Julio Beltrão Mynd) destacaram que a cocriação precisa levada a sério pelos anunciantes


1 de junho de 2023 - 6h00

creators e marcas

Da esq. para a dir.: Julio Beltrão, Juliana Cury e Rafaela Pinah abordam como a estética e os formatos criados pelos influenciadores podem apoiar as estratégias das marcas (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Se há duas palavras que poderão resumir o futuro das relações entre criadores de conteúdo de marcas são liberdade e confiança. A primeira diz respeito ao ato de delegar aos influenciadores o poder de construir uma mensagem eficiente para seu público-alvo. E, a segunda, refere-se à convicção de que o creator fará isso da forma correta.

Essas ideias foram reforçadas várias vezes ao longo do painel “Vídeos curtos: a estética e a linguagem dos influenciadores e das marcas”, realizado nessa quarta-feira, 31, durante o ProXXIma.

Julio Beltrão, executive artistic director da Mynd; Juliana Cury, VP de marketing e vendas do Burger King e Rafaela Pinah, criadora de conteúdo da Coolhunter Favela e diretora de cena da Ladybird, abordaram, sob diferentes ângulos, a evolução do marketing de influência e de sua importância para os negócios das marcas.

Embora sejam poucos os anunciantes que, atualmente, não trabalhem com criadores de conteúdo, essa relação ainda precisa ser mais azeitada. Juliana Cury considera que os creators quebraram os paradigmas das marcas, que historicamente foram as protagonistas de toda sua produção de conteúdo. “O anunciante sempre esteve acostumado a ser o grande broadcaster e a levar a comunicação da marca para as pessoas. A economia da criatividade, a partir dos influenciadores, é uma joia para as marcas, porque elas conseguem, junto a essa audiência, construir conteúdos mais críveis, que chegarão as pessoas de forma mais autêntica”, destacou.

Rafaela Pinah também vê essa relação como uma troca de protagonismo. “É uma nova forma de as marcas nos olharem, enquanto porta-vozes dessas tendências e narrativas que o mercado pede e ver como estamos acessíveis para mostrar nosso trabalho em potencial”, disse.

A respeito dos formatos, Rafaela destacou como o contexto acaba sendo importante para a definição das plataformas e das estratégias de comunicação. Nas áreas mais populares do Rio de Janeiro, sua cidade natal, Rafaela reforçou o poder do WhatsApp como canal de comunicação, enquanto o Instagram assume um perfil de portfólio, para mostrar conteúdos mais estéticos, enquanto o TikTok vem se tornando um canal de mais popularidade, contou.

Por atuar diretamente no mercado de influenciadores e criadores de conteúdo, Julio Beltrão pontuou que um ponto de dor nessa relação é o fato de muitas marcas ainda enxergarem o influenciador como se fosse uma produtora de seus comerciais tradicionais.

“Muitas vezes, a marca diz que quer cocriar, mas envia um briefing ao influenciador dizendo que ele precisa usar determinada roupa, falar com a marca. E quando isso acontece, o público não engaja e o conteúdo não rende views. É preciso que as empresas tenham maturidade de deixar o creator fazer o que é de sua raiz, que é criar”, ressaltou.

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