CEO da Totvs aponta os desafios da transformação digital

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CEO da Totvs aponta os desafios da transformação digital

Dennis Herszkowicz ressalta que o processo será algo permanente no dia-a-dia das empresas


13 de novembro de 2019 - 6h00

 

Dennis Herszkowicz: “Se eu resumisse qual nosso esforço para com os clientes em um processo de transformação digital é que precisamos reduzir o esforço dos clientes” (Crédito: Arthur Nobre)

Transformação digital está na ordem do dia para muitas empresas. A popularização do termo, no entanto, gera uma série de desafios de compreensão. De maneira equivocada, como pontua Dennis Herszkowicz, CEO da Totvs, muitas companhias acreditam que transformação digital é algo que tem um fim ou representa uma linha de chegada. Segundo ele, no entanto, esse é o grande desafio dos líderes, ter a compreensão de que uma empresa estará em constante transformação digital.

“As pessoas acabam associando a transformação digital ao fato de vender remotamente ou ter uma store para seus próprios produtos. Esse é um aspecto óbvio, mas ela vai além disso. Ela envolve, hoje, boa parte da maneira como se trabalha. Hoje, boa parte das decisões que tomo juntamente com meus vice-presidentes são dentro do celular utilizando o WhatsApp. A rapidez com que as coisas acontecem tem sido um resultado muito forte deste projeto. E, neste contexto, tudo muda, é sua relação com o time, e a velocidade com que precisa lidar com os clientes”, explica Dennis ao Meio & Mensagem.

Como uma empresa que fornece ferramentas e serviços que contribuem para processos de transformação digital de clientes, Dennis afirma que o momento em que vivem os clientes acelera o próprio processo de mudança da Totvs. “Essa transformação do ponto de vista de produto faz com que eu tenha que ser mais rápido e que entregue uma melhor performance. Além disso, tenho que estar ao lado do meu cliente para que ele consiga aumentar as vendas. Um software de serviços não é algo simples, não é algo que você atualiza e pronto. Pelo contrário, demanda muito trabalho”, pontua.

“O olhar humano e comportamental do marketing me ajudaram a entender que a condução de um negócio ou estratégia se faz com soft skills e não apenas com hard skills”

O desafio da transformação digital vem aparecendo em várias pesquisas, recentemente, um estudo da E-Consulting com 291 líderes de marketing entre as mil maiores empresas do País, apontou que, para 12% dos CMOs de empresas brasileiras, a maior dificuldade da transformação digital é comprovar resultados dos investimentos. Entre os executivos, 11% afirmaram que, no longo prazo, o desafio é obter resultados concretos que motivem acionistas a investirem no conceito. Já para 10% dos entrevistados, a barreira está na capacidade de investimento menor do que o necessário. E, para 9%, o obstáculo é não saber lidar com o manuseio dos dados para conhecer o usuário, o cliente ou o consumidor. As entrevistas foram feitas de fevereiro a junho deste ano.

De acordo com Dennis, a pesquisa espelha um outro desafio, de mostrar para o C-Level que a transformação digital, em alguns aspectos, tem o objetivo de tirar dele a carga de serviços que, de certa forma, não sejam o foco. “Se eu resumisse qual nosso esforço para com os clientes em um processo de transformação digital é que precisamos reduzir o esforço dos clientes. O principal objetivo é que nossos clientes não gastem muito tempo no que chamamos de atividade de backoffice, o quanto mais ele focar em conhecer o cliente, produto e distribuição, minha missão estará cumprida”, afirma.

 

No início dos anos 2000, a Totvs se tornou um case de construção de marca B2B ao contar com a atriz Marília Gabriela como embaixadora (Crédito: Reprodução)

Formado em marketing e com passagens por empresas como Unilever, o CEO da Totvs, acredita que a disciplina ganhou ainda mais relevância em processos de transformação digital. “Eu sempre tive uma cabeça muito voltada para números, razão e técnica. O olhar humano e comportamental do marketing me ajudaram a entender que a condução de um negócio ou estratégia se faz com soft skills e não apenas com hard skills. Diferentemente da ideia de que um CEO só está preparado se ele entende profundamente de tecnologia ou finanças, eu acredito que faz muito mais sentido que ele entenda como administrar a ansiedade de uma equipe, que conheça a origem das ideias e dos projetos e o impacto que isso tem no negócio. Atuar com marketing me ajudou a ter um olhar complementar, mas, sobretudo, entender do comportamento e das sutilezas que envolvem uma liderança.”

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