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Opinião

A que os líderes de marketing precisam estar atentos em 2020?

É importante colocar o foco em como manejar melhor recursos já à disposição


5 de fevereiro de 2020 - 12h47

(Crédito: Visual Generation/ iStock)

Em um momento em que as mudanças são incessantes e cada vez mais velozes, as empresas precisam estar mais do que preparadas para entender o vaivém no comportamento dos clientes e responder rápido e de maneira efetiva às suas necessidades. O desafio não é fácil: os consumidores estão mais atentos à maneira como as marcas comunicam a sua mensagem e qualquer resvalo pode significar a perda da sua confiança.

Ainda que 2020 reserve novidades com relação a tecnologias a serem exploradas pelas equipes de marketing, é importante colocar o foco em como manejar melhor recursos já à disposição, como os dados e o marketing de influência, segundo previsões da consultoria Gartner. Abaixo, detalhamos alguns dos temas que devem estar na pauta das equipes de marketing este ano:

1. Ética no uso de dados

Não é de agora que nos referimos aos dados, cada vez mais abundantes, como um dos ativos mais valiosos das empresas nesta nova era. Este tema ganhará ainda mais importância em 2020 com a entrada em vigor em agosto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regulará a questão.
A discussão passa além, portanto, de como utilizar os dados a questões éticas que envolvem sua obtenção e manipulação. Os clientes estão mais conscientes e sabem que a informação que entregam às marcas vale ouro. Por isso, está nas mãos das empresas cuidar dessas informações da melhor forma possível.

A abundância desse tipo de informação também obrigará os departamentos de marketing a buscar a ajuda de especialistas em comportamento humano e analistas que os auxiliem a traduzir dados em ideias.

2. Microinfluenciadores ganham importância

Os consumidores priorizam empresas cujas práticas sejam sustentáveis, transparentes e com as quais sintam afinidade de valores. É o que aponta pesquisa recém-divulgada pela IBM em parceria com a Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos, que ouviu consumidores de 28 países, entre os quais o Brasil, e que destaca a importância da confiança dos compradores na hora da sua decisão de compra: um terço está disposto a deixar de comprar um produto se perder a confiança nele.

O marketing de influência está intimamente ligado aos valores da marca. Nada pior para uma empresa que conectar seu nome ao de alguém que carrega uma legião de seguidores, mas que, de alguma maneira, atua na contramão do que preconiza a marca.

Para fugir deste problema, as empresas podem apostar nos microinfluenciadores, com cerca de 25 mil seguidores. Além de possuírem uma audiência mais engajada, postarem com mais frequência e terem um contato mais direto com seus seguidores, esses influenciadores criam uma relação mais real com a marca, em que o comprador consegue se espelhar.

3. Além da inteligência artificial

A inteligência artificial (AI), usada por cada vez mais empresas, entra em uma nova fase com a chamada inteligência emocional artificial (IEA). Trata-se de um ramo dessa tecnologia que captura (por meio de áudio, visão computacional ou até dados biométricos) sinais conscientes ou inconscientes do estado de ânimo deixados pelos usuários. Com o tempo, a IEA permitirá que as equipes de marketing capturem reações em tempo real dos clientes a um produto ou campanha e adaptem suas mensagens.

Sua adoção será lenta já que se trata de uma tecnologia que dá seus primeiros passos e que levanta questões sobre a privacidade dos usuários. Ainda assim, a Gartner prevê que, em 2024, a identificação das emoções por inteligência artificial terá influência sobre mais da metade da publicidade online a que temos acesso.

*Crédito da foto no topo: Eoneren/ iStock

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