Marketing

Como o iFood quer participar da rotina dos bairros?

CEO da plataforma, Diego Barreto, explica como a diversificação de serviços e a otimização logística visam integrar a marca e seus entregadores ao cotidiano das vizinhanças

i 13 de junho de 2025 - 6h00

No mês passado, o iFood apresentou o posicionamento “iFood é tudo para mim”, que marca a evolução da companhia como uma plataforma de conveniência multicategoria. A investida em acrescentar categorias como mercado, farmácia, shopping e pet shop no aplicativo começou ainda em 2019.

Como o iFood quer participar da rotina dos bairros

Diego Barreto, CEO da plataforma, explica como o iFood quer participar da rotina dos bairros (Crédito: Arthur Nobre)

No entanto, a companhia sentia a necessidade de reforçar ao público que sua atuação vai além dos restaurantes. Segundo dados internos, essas categorias cresceram 50% em volume de pedidos e faturamento ao longo de 2024. Nos três primeiros meses deste ano, período que abrange a ação no Big Brother Brasil, a categoria farmácia cresceu 15,8%.

Convidado do CEO’s Talk Show, projeto de Meio & Mensagem e da agência Califórnia em que o publicitário Nizan Guanaes conversa com líderes de grandes empresas, Diego Barreto, CEO do iFood desde o ano passado, abordou o movimento e a sua evolução.

“O ativo logístico que construímos foi o maior a maior beleza que conseguimos entregar. Porque, veja, fazer uma entrega dessa última milha é muito complexo”, explica Barreto. Segundo o executivo, o tempo médio de entrega no IFood, hoje, é de 28 minutos.

“Esse ativo virou a grande vantagem competitiva que temos. Não só ela, mas essa é uma grande vantagem competitiva. Só que a evolução dela é complexa”, descreve o CEO. Ele cita desafios como o fato de que é preciso ajustar a logística, considerando o peso do pedido.

Na prática, a bag usada pelo entregador para um restaurante pode não ser suficiente para uma entrega de supermercado, por exemplo. Outro ponto crítico é o fator regulatório. Uma entrega de medicamentos precisa atender a critérios diferentes de uma entrega de comida e as duas coisas não podem ser feitas ao mesmo tempo.

“Quando eu falo do ‘iFood é tudo para mim’ significa que você não está me vendo só pelo restaurante. Você está me vendo também pela farmácia, pelo cosmético, pelo pet shop, pelo supermercado, entre outras mil coisas”, aponta Barreto.

Segundo Barreto, essa mudança não muda só a percepção da marca, mas a logística. Isso porque a frequência de pedidos aumenta, especialmente, nas casas e ambientes de trabalho. Com isso, a tendência é que os entregadores também passem mais tempo em determinados bairros e passem a fazer parte da rotina daquelas comunidades.

“Ele vai saber quem é o porteiro do seu prédio, quem é o rapaz que vende a Zona Azul na esquina da banca. Isso tudo vai trazendo um senso de pertencimento, do ser humano se sentir dentro de uma rotina. Isso aproxima. As relações vão ficando melhores, mais fáceis, mais simples”, defende o CEO da plataforma.

Veja, abaixo, a íntegra da entrevista de Diego Barreto ao CEOs Talk Show: