Em 2025, hábitos moldam um consumidor equilibrista
De acordo com pesquisa da Bain & Company, consumidor navega por um cenário macroeconômico volátil; estudo avalia questões sobre bem-estar, saúde, entre outros
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Meio & Mensagem
12 de março de 2025 - 6h01
Depois do consumidor consciente, que marcou os hábitos de consumo no ano passado, em 2025 a vez é do consumidor equilibrista, conforme classificado pela Bain & Company na quinta edição da pesquisa “Bain Consumer Pulse” no Brasil.
(Crédito: Robertindianac/Shutterstock)
O levantamento consultou cerca de 7.500 respondentes, entre Brasil e América Latina, sobre diversos aspectos, entre eles saúde, sentimento em relação ao momento atual do mundo, emprego e bem-estar, por exemplo. Os respondentes foram segmentados com base em dados demográficos.
Neste ano, os indivíduos navegam por um cenário macroeconômico volátil, em meio a temas como inteligência artificial, instabilidade do mercado financeiro, conflitos globais e outros. Há uma leve queda do humor do consumidor brasileiro, sobretudo entre a geração Z e baixa renda, com o sentimento geral oscilando entre felicidade e ansiedade. Além disso, 49% do público aponta que o país estará melhor em 5 anos.
Entre os fatores que mais impactam o bem-estar dos brasileiros estão as preocupações financeiras (49%), saúde física (36%), stress (27%) e política e instabilidade (25%). Em relação às finanças, 90% acreditam que o preço de produtos e serviços subiu nos últimos 3 meses, contra 81% da percepção em 2024. O destaque vai para alimentos (70%), contas de energia (47%) e cuidados pessoais (45%).
A redução de gastos já atinge 83% dos brasileiros, com foco em corte em compras por categorias e volume e trocas por marcas mais baratas, sobretudo em delivery, roupas e alimentos. Neste sentido, a pesquisa identificou maior frequência de compra em canais online e em Atacado, uma vez que há maior oportunidade de preços baixos e descontos.
No que diz respeito à saúde, um dos resultados mostra o fato de que a penetração de medicamentos reguladores de apetite (GLP-1), como o Ozempic, vem ganhando força e alguns hábitos perduram mesmo após interrupção do uso, como comer menos em cada refeição (43%), manutenção de uma dieta saudável (45%) e maior frequência de exercícios físicos (30%).
Já em relação à conexão entre consumo, mudanças climáticas e demais aspectos sociais, 57% dos brasileiros afirmaram deixar de comprar uma marca com base em crenças e valores, contra 64% da geração Z. Os consumidores também esperam gastar “sensivelmente mais” ou “um pouco mais” (62%) com produtos sustentáveis nos próximos 3 anos.
O levantamento também reuniu dados sobre os impactos do mercado de apostas no Brasil. Dentre os apostadores, 26% disseram estar economizando dinheiro para realizar apostas, 24% afirmaram ter gastado menos em bens e serviços não essenciais e 16% acabaram reduzindo o consumo de bens e serviços essenciais. Já 16% se endividaram ou pediram dinheiro emprestado para apostar.
A Bain & Company apontou que, apesar da tendência geral, há comportamentos distintos entre os diferentes perfis de consumidores – o que acaba por gerar oportunidades de negócio específicas para as empresas.
Entre os destaques estão 44% dos consumidores de alta renda que declaram ter tempo para lazer, contra 23% dos respondentes de baixa renda. E apesar de afirmarem reduzir gastos, 16% da baixa renda afirma manter gastos com entretenimento, versus 26% da alta renda.
No que diz respeito ao trabalho, a alta renda está mais satisfeita com os empregadores (61% de NPS), do que os trabalhadores de baixa renda (16%). Além disso, o primeiro grupo tem mais acesso e tem 70% mais acesso à possibilidade de home office do que o segundo.
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