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Netflix: plataforma divulga relatório de conteúdos mais assistidos
Primeira edição de "O que assistimos: um relatório de engajamento da Netflix" traz as produções mais consumidas e tendências do primeiro semestre de 2023
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Thaís Monteiro
12 de dezembro de 2023 - 17h03
Nesta terça-feira, 12, a Netflix apresentou a primeira edição do “O que assistimos: um relatório de engajamento da Netflix”, um levantamento sobre consumo de conteúdo na plataforma.
O streaming irá publicar novas edições semestralmente. Para a primeira edição, a Netflix apresentou dados referentes aos meses entre janeiro e junho de 2023.
Para a confecção do relatório, a plataforma considera conteúdos que acumularam mais de 50 mil horas assistidas, lançados no período e disponíveis globalmente. Assim, a Netflix estudou dados de 18 mil títulos, que representam 99% do total de visualizações no streaming e cerca de 100 bilhões de horas assistidas.
A série que teve mais horas consumidas no primeiro semestre do ano foi a primeira temporada de O Agente Noturno (812 mil horas), seguido pela segunda temporada de Ginny & Georgia (665 mil horas) e pela primeira temporada de A Lição (622 mil).
Segundo a plataforma, há uma sobreposição sobre esses títulos e os títulos que aparecem nas listas de Top 10 semanais do player. Cerca de 60% dos conteúdos estiveram no Top 10.
Conforme Lauren Smith, vice-presidente mundial de estratégia e análise da Netflix, há uma ampla variedade de gêneros no consumo de conteúdo na plataforma. Na média, os usuários consomem contéudo de seis gêneros diferentes. No relatório do primeiro semestre, há 12 gêneros. Há destaque para o consumo de novelas coreanas e telenovelas espanholas e da América Latina. Além disso, cerca de 30% da audiência consome títulos de língua não-inglesa.
Embora a Netflix trabalhe na produção de títulos originais, 45% do consumo é de conteúdos licenciados, ou seja, séries e filmes não originais do streaming. Questionado se isso preocupava a empresa, o co-CEO, Ted Sarandos, afirmou que a empresa vê valor em licenciados, pois o intuito é promover boas experiências para o assinante. “Não temos uma fórmula do que deveria ser. Estamos tentando entreter”, disse.
O executivo citou como exemplo a série Suits que, mesmo disponível em outras plataformas antes de chegar ao player, foi impulsionada quando chegou à Netflix através dos algoritmos de recomendação da plataforma. Sarandos negou a possibilidade de comercializar os originais, em uma situação reversa a que acontece com os licenciados. “Não construimos um ecossistema para vender conteúdo”, afirmou. Ainda assim, ele citou que os originais ajudam na retenção de público, pois fomenta consideração de marca e forma uma comunidade que é fã do conteúdo.
A iniciativa faz parte de um esforço da plataforma em prol de oferecer maior transparência ao público, imprensa, criativos e ao mercado. De acordo com o co-CEO, Ted Sarandos, no início da operação, a Netflix evitava compartilhar dados por alguns motivos. Primeiro, por não sentir que havia como comparar o consumo na plataforma, já que foram um dos primeiros players de streaming no mercado. Além disso, a empresa queria manter alguns dados privados das concorrências.
A princípio, isso promoveu maior libertade e criatividade. Porém, segundo o co-CEO, ao longo do tempo gerou insegurança no mercado. “A consequência de não ter transparência é que isso criou desconfiança com o mercado e criativos”, contou.
A partir disso, a Netflix criou seu Top 10 semanal em 2021 e passou a compartilhar dados mais aprofundados com criativos e parceiros. “Streaming se tornou mainstream. É interessante ter mais acessibilidade na indústria. É mais informação do que o mercado precisa, mas cria um ambiente melhor”, explicou. Para anunciantes, a plataforma compartilha dados de terceiros.
Outras métricas consideradas pela empresa é a repercursão que alguns produtos têm nas redes sociais, como a dança da protagonista da série Wandinha que foi apropriada por usuários em seus perfis próprios.
Conforme Sarandos, os dados compartilhados no report são as mesmas informações utilizadas pela plataforma nas suas estratégias como negócio.
No entanto, o executivo negou a possibilidade de compartilhar informações mais específicas, como consumo baseado em localidades, pois acredita que esse nível de detalhe pode prejudicar a Netflix ante a concorrência.
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